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A redução do teor de álcool anidro na gasolina - de 25% para 20% - obrigará a Petrobras a diminuir suas exportações de gasolina, para atender ao aumento da demanda interna pelo combustível. Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal Valor Econômico, a partir de março, a estatal reduzirá em 147 milhões de litros as exportações mensais de gasolina, comprometendo a meta de obter um saldo de US$ 3 bilhões em sua balança comercial deste ano.

De acordo com o jornal, as vendas de gasolina para o mercado externo passarão dos atuais 245 milhões de litros para 98 milhões de litros. O objetivo da redução é fazer frente ao esperado aumento do consumo interno de gasolina, de 1,35 bilhão de litros/mês para 1,45 bilhão. Conforme a reportagem, considerando o preço da quarta-feira passada (US$ 62,79 por barril), nos Estados Unidos, a diminuição nas exportações acarretará uma perda de aproximadamente US$ 58 milhões por mês na receita cambial da Petrobras - ou de US$ 580 milhões, no acumulado dos próximos dez meses.

Citado pelo jornal, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que a empresa "não sairá perdendo e nem ganhando com as mudanças". Segundo o executivo, a perda de faturamento externo será compensada com o aumento das vendas de gasolina e de nafta no mercado doméstico. A nova composição da gasolina vai propiciar um excedente de 43 milhões de litros por mês de nafta, diminuindo as importações que as petroquímicas brasileiras fazem do produto e compensando em parte o impacto na balança comercial do país. Na balança individual da Petrobras, contudo, a maior oferta de nafta não faz diferença, já que a empresa não é importadora do produto.

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