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Entenda

Hoje o governo grego divulga os números finais de adesão à sua proposta de reestruturação.

O que está em jogo?

206 bilhões de euros da dívida grega. A proposta é trocar a dívida por papéis que têm 46,5% do valor de face atual, para que a Grécia reduza sua dívida de 160% para 120% do PIB até 2020.

O que os credores ganham?

Eles têm a garantia de receber pelo menos algum dinheiro e fugir de um calote total grego. Por isso mais de 75% dos credores devem aceitar a oferta.

Isso resolve o problema?

A troca não é garantia de fim da crise grega. Muitos acham improvável que a dívida chegue a 120% do PIB em 2020 e é possível que os gregos precisem de novo pacote de resgate.

A reestruturação da dívida soberana de 200 bilhões de euros da Grécia caminha para um desfecho melhor do que o esperado, com um número crescente de investidores do setor privado aderindo à oferta de troca dos bônus do país.Segundo autoridades gregas que participaram de uma reunião de gabinete com o primeiro-ministro Lucas Papademos, o nível de adesão à proposta já estava "próximo de 80% no fim da tarde desta quinta-feira", segundo um mi­­nis­­tro do gabinete grego.

O prazo final para adesão dos credores à oferta se encerrou às 17 horas (de Brasília), e a divulgação oficial do nível de participação dos credores na operação está prevista para as 3 horas (de Brasília) de hoje.

Uma segunda fonte oficial afirmou que a adesão dos credores 24 horas antes do fim do prazo já estava acima do patamar mínimo de 75% para que o acordo seja levado adiante pelo governo grego.

"Neste momento, parece que iremos ultrapassar até mesmo o cenário otimista", afirmou. Segundo uma fonte envolvida na operação, "a taxa de participação dos credores será bem substancial. A meta é chegar a 80%".

Na manhã de ontem, o diretor-executivo do Insti­tuto Internacional de Finan­ças (IIF), Charles Dallara, havia manifestado otimismo sobre a possibilidade de se fechar um acordo sobre a redução da dívida grega. Ele acrescentou que os negociadores da Grécia e da União Eu­­ropeia já deixaram claro que não há como melhorar a proposta de acordo. "Eles já reconheceram que não há mais dinheiro. Esta posição atual é a real e a possível para a negociação", disse.

Ele lembrou que, caso o acordo saia, os credores poderão receber "algum dinheiro" imediatamente e que o acordo será importante para o futuro do país europeu. "Eu vejo esse acordo como um passo importante para a economia da Grécia se reorganizar, voltar a crescer e a gerar emprego", disse.

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