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Atualizado em 15/12/2006 às 19h33

A proposta de reestruturação da Telemar foi rejeitada nesta sexta-feira por 36,94% dos acionistas preferencialistas que votaram sobre o assunto. Outros 29% apoiaram a operação e o restante corresponde a acionistas que não compareceram à assembléia. O quórum atingido foi de detentores de 66% das ações preferenciais. O mínimo exigido era de 25%. Com o resultado, as ações da empresa despencaram mais de 22%.

A Telemar tentou, pela terceira e última vez, obter o aval de acionistas para realizar o que poderia ser a maior reestruturação acionária já feita por uma empresa brasileira. A operadora queria retirar do mercado papéis da Telemar Participações, Tele Norte Leste Participações e Telemar Norte Leste, dando em troca, aos investidores, ações da nova empresa Oi Participações.

Apesar de muitos deles serem a favor da operação, eles criticam a relação de troca proposta pela empresa, segundo a qual detentores de papéis ordinários receberiam 2,6 vezes mais ações da nova companhia do que os preferencialistas.

O presidente da Telemar, Luis Eduardo Falco, não quis revelar quais acionistas votaram contra a reestruturação da Telemar. Nas duas primeiras tentativas, o quórum mínimo exigido era de detentores de 50% das ações preferenciais mais uma, e não foi obtido.

Ao todo, estiveram presentes acionistas representantes de 65,91% das ações preferenciais e 67,6% das ações ordinárias. A proposta foi reprovada por 94,108 milhões de ações (ou 36,94%) e apoiada por 73.722 milhões de ações (28,94%).

Falco afirmou que "não há nenhuma possibilidade de a proposta de reestruturação da empresa ser reformulada".

- Este assunto foi amplamente discutido. Não vamos reformular - reforçou o executivo.

FRUSTRAÇÃO

Nessa quinta-feira, analistas apostavam que as chances de a operação ser autorizada era grande. Já se sabia, no entanto, que parte dos acionistas era contrária à medida e vinha, inclusive, contestando a reestruturação na Justiça.

Falco admitiu que, com esta proposta, a participação dos detentores de papéis preferenciais seria diluída na nova companhia.

- As ações hoje estão caindo e a companhia está perdendo valor de mercado diante da não aprovação da reestruturação. Ou seja, os acionistas estão perdendo. Por mais que houvesse diluição (da participação dos preferencialistas), o valor de mercado da nova companhia aumentaria, o que "offsetaria" (anularia) esta perda – explicou.

Falco também reafirmou a intenção da Telemar de atuar nos segmentos de voz, dado e conteúdo.

- Temos uma rede integrada e um mercado bastante grande. Queremos entrar em conteúdo via IPTV e TV a Cabo, embora tenhamos limitações de regulamentação. - disse, descartando o uso de uma rede DTH para transmissão de conteúdo, uma vez que a Telemar não conta com uma rede de satélites.

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