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A atriz Scarlett Johansson | Reuters/Lucas Jackson
A atriz Scarlett Johansson| Foto: Reuters/Lucas Jackson

Empresas e celebridades -- que vão do clube de futebol Arsenal à atriz Scarlett Johansson -- foram responsáveis em 2008 por um recorde na tentativa de impedir que terceiros se aproveitassem de seus nomes famosos, informou uma agência das Nações Unidas. Essa prática do uso ilegal de termos, principalmente para tirar vantagens financeiras com a venda dos endereços virtuais, é chamada de "cybersquatting".

No ano passado, a World Intellectual Property Organisation (Wipo) conduziu 2.339 casos sob seu procedimento para disputas de nomes de página de internet.

Os sites em disputa incluíam referências ao esforço de Madri para conquistar o posto de sede da Olimpíada de 2016, a British Broadcasting Company (BBC), a Yale University, e o Blackberry, da Research in Motion, além de Johansson e do Arsenal, e de nomes de empresas como eBay, Google e Nestlé.

O setor de negócios no qual as queixas se tornaram mais comuns foi o farmacêutico, devido a sites que oferecem a venda remédios com nomes protegidos. Outros setores que geraram muitas queixas foram bancos e finanças, internet e telecomunicações, varejo e alimentos, bebidas e restaurantes.

Sufixos

A Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), que administra o sistema de endereços da web com sufixos como ".com" e ".gov", está preparando o lançamento de muitas séries novas de sufixos.

Esses nomes de domínio genéricos de primeiro nível permitirão uma vasta ampliação no número de endereços de internet, o que oferecerá novas oportunidades de abuso contra nomes protegidos por marcas registradas -- ou ao menos dificultarão aos proprietários das marcas registradas manter a fiscalização sobre seu uso.

"A criação de um número não conhecido e potencialmente imenso de novos domínios suscita questões significativas para os detentores de direitos, bem como para os internautas em geral", afirmou Francis Gurry, diretor geral da Wipo, em comunicado.

O criador da World Wide Web declarou na sexta-feira que o sistema de nomes havia perdido o rumo devido a questões políticas e comerciais. "Teria sido interessante considerar sistemas que não envolvessem domínios", disse Tim Berners-Lee, que 20 anos atrás preparou a proposta que resultou no desenvolvimento da web, durante a celebração de aniversário da rede.

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