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O presidente Lula fala durante seminário a investidores nesta segunda em Nova Iorque | Ricardo Stuckert/Presidência
O presidente Lula fala durante seminário a investidores nesta segunda em Nova Iorque| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Veja que as regras da caderneta de poupança podem mudar para investidores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (16), depois de participar sobre seminário sobre a economia brasileira nos Estados Unidos, que as regras da caderneta de poupança podem mudar para proteger o pequeno investidor.

Com a expectativa de futuras quedas da taxa Selic, hoje em 11,25% ao ano, os títulos do governo brasileiro e os fundos de renda fixa podem se tornar menos atrativos do que a poupança, que rende TR mais 6% ao ano. Com isso, um grande número de investidores poderia migrar para a caderneta.

"Vamos sentar para ver como ela (a poupança) vai ficar. Nós já mexemos há dois anos. Já mexemos porque tinha gente que tinha muito dinheiro que queria colocar na poupança. Nós mexemos para garantir a poupança apenas para os pequenos poupadores, para quem precisa da poupança", ressaltou.

O presidente disse que nenhuma decisão foi tomada. "Tenho que voltar para o Brasil, fazer uma reunião com a equipe econômica, ver como está a situação", ressaltou o presidente. "Vamos ter que pensar, porque nós não poderemos permitir que os poupadores tomem qualquer prejuízo no Brasil."

Estatização

Durante entrevista coletiva, o presidente também pediu o fim do "tabu" sobre a palavra estatização. Na avaliação dele, a estatização ou criação de bancos públicos pode ajudar o sistema financeiro a sair da crise global.

"Eu sei que aqui nos Estados Unidos é tabu falar em nacionalização, estatização, bancos públicos. Mas na medida que o Estado põe dinheiro no banco e ele não volta para o mercado como crédito, ou o Estado assume a responsabilidade de criar bancos públicos, como temos no Brasil, ou nacionalizar ou estatizar", disse.

Em seguida, o presidente disse: "Até quando esse assunto vai ficar como se fosse tabu eu não sei, mas digo que estou rezando mais para o Obama do que para mim, pois o problema dele é infinitamente maior."

O presidente voltou a criticar ainda o protecionismo, dizendo que a medida pode agravar ainda mais a crise financeira.

Lula defendeu mais uma vez um acordo na Rodada de Doha e disse que é possível chegar a um "denominador comum" mesmo em meio à crise. Política interna

Lula afirmou que deve lançar o pacote habitacional, que visa construir um milhão de casas populares até 2010, deve ser lançado no fim desta semana ou no começo da próxima.

O presidente se esquivou ao ser perguntado sobre a sucessão presidencial em 2010. Um jornalista o questionou sobre se a ministra Dilma Rousseff, que acompanha Lula na comitiva, estava agindo de forma adequada. "Com essas coisas eu não brinco, dar palpite em vida de mulher (...) Dilma é uma mulher apta, preparada para qualquer coisa, qualquer debate político."

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