Os bancos da União Europeia devem parar de oferecer contas de consumidores denominadas em moedas virtuais, como bitcoins, até que garantias regulatórias estejam em vigor, disse o regulador bancário do bloco nesta sexta-feira (04).
A bitcoin, a mais conhecida entre cerca de 200 moedas geradas por computador, começou a circular em 2009 e a aceitação tem aumentado conforme mais comerciantes permitem que consumidores paguem por produtos e serviços com a moeda.
As moedas virtuais, que diferentemente de dinheiro convencional não são apoiadas por um governo ou banco central, passaram a ser examinadas detalhadamente depois que a bolsa Mt.Gox, baseada em Tóquio, entrou em falência em fevereiro, após perder estimados US$ 650 milhões em bitcoins de clientes.
A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), em um estudo publicado nesta sexta-feira, propôs uma nova estrutura regulatória, além de aconselhar os bancos a ficarem longe de moedas virtuais até que regras estejam em vigor.
"Esta resposta imediata irá 'proteger' serviços financeiros regulados de esquemas de moeda virtual, e mitigará os riscos que surgem da interação entre esquemas de moeda virtual e serviços financeiros regulados", disse a EBA.
O conselho para bancos ainda permite que empresas financeiras mantenham um relacionamento de conta corrente com empresas ativas em moedas virtuais, acrescentou a agência.
Entre as novas regras que o regulador quer implementar está a exigência de que bolsas de moedas detenham capital -- assim, caso entrem em falência, como na situação da Mt. Gox, terão recursos para proteger os clientes.
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