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Verba para Grécia e Irlanda é liberada

Das agências

Os ministros de Finanças da zona do euro aprovaram ontem a liberação das novas parcelas de ajuda financeira à Grécia (8 bilhões de euros) e Irlanda (11,5 bilhões de euros), durante reunião em Bruxelas, preparatória para o encontro de cúpula da UE marcada para o dia 9. Eles aprovaram também duas medidas de reforço da capacidade de financiamento do fundo de estabilidade europeu (EFSF, na sigla em inglês), mas a meta de chegar a 1 trilhão de euros provavelmente não será atingida.

Enquanto isso, os mercados continuam a "punir" os países em dificuldades. A Itália fez ontem nova emissão de títulos públicos e mais uma vez teve de pagar retorno recorde para atrair investidores. Os papéis de três anos foram negociados com um rendimento de 7,89%, o maior patamar desde 1996, antes da integração à zona do euro. No mês passado, títulos similares foram negociados a 4,93%.

A Irlanda defende que o Banco Central Europeu (BCE) garanta os recursos necessários para solucionar a crise das dívidas soberanas da zona do euro, visto que o EFSF não conseguiu atrair a confiança do mercado, afirmou o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny.

"Eu não amarrei nosso burro ao conceito dos eurobônus porque isso pode trazer problemas sérios ao país mais para frente", disse Kenny ao Parlamento da Irlanda. "Nosso ponto de vista é de que o Banco Central Europeu deveria ser o protetor principal e com poder de fogo infinito para lidar com a questão do contágio", acrescentou.

  • O ministro das Finanças britânico, George Osborne (esq.): pacote de más notícias

Os britânicos receberam ontem uma série de más notícias sobre a economia. O desemprego deve crescer; o número de funcionários públicos demitidos vai aumentar; a idade para se aposentar, subir; e a política de cortes de benefícios, congelamento de salários e elevação de impostos, se estender por dois anos além do previsto, que era 2015. Tudo para tentar manter a meta de reduzir o déficit e a dívida pública.

O pacote foi anunciado por George Osborne, ministro das Finanças, em discurso no Parla­mento. Ele culpou o cenário da zona do euro. "Grande parte da Europa parece rumar para uma recessão causada pela crônica falta de confiança na habilidade dos países de lidar com suas dívidas", disse.

Foram revistas também as previsões de crescimento para o Reino Unido. Para este ano, caiu de 1,7% para 0,9%. Para 2012, de 2,5% para 0,7%.

No caso das demissões de servidores públicos, a previsão era de corte de 400 mil dos 6 milhões de funcionários em cinco anos. Agora subiu para 710 mil. Aqueles que permanecerem empregados ficam com o salário congelado até 2013. Depois, até 2015, terão reajuste de no máximo 1% ao ano, mesmo com uma inflação anual na casa dos 5%. E a elevação da idade de aposentadoria, de 66 anos para 67, foi antecipada de 2034 para 2026.

Greve

Os anúncios ocorreram na véspera de uma greve, marcada há meses. Os sindicatos acreditam que 2 milhões de servidores não trabalhem hoje. Escolas, hospitais e o serviço de migração nos aeroportos de­­vem ser afetados.

Para não ficar apenas no pessimismo, o governo anunciou 5 bilhões de libras (R$ 14,5 bilhões) para projetos de infraestrutura, com a construção de 35 rodovias e novas linhas de trem. Haverá ainda subsídio para a contratação de jovens, o grupo mais atingido pelo desemprego, e uma linha de crédito de 40 bilhões de libras para pequenas empresas.

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