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Os funcionários da Volvo, em Curitiba, e da Renault, em São José dos Pinhais, encerraram a greve e retomaram as atividades. A fábrica da Volkswagen, também no município da região metropolitana da capítal, no entanto, permanece paralisada, sem avanço nas negociações. Nova audiência entre Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e diretores da empresa deve ocorrer hoje às 10 horas.

Os metalúrgicos das duas montadoras que voltaram ontem ao trabalho conseguiram um aumento real de 3% – e mais a reposição integral da inflação (4,44% segundo o INPC) –, além de um abono de R$ 2 mil. Os valores acordados valem para os salários de setembro. Além disso, os dias parados não serão descontados, apenas computados na planilha de banco de horas.

Nas negociações individuais, os trabalhadores da Renault ficaram com a garantia de mais 1% de aumento real, conquistado na data-base do ano passado, num reajuste total de 8,65%. Já na Volvo, além do aumento de 7,57%, a empresa também se comprometeu a manter o "nível médio de emprego" até o início de dezembro deste ano, dois meses a mais, portanto, do que já estava negociado. Com o reajuste, o piso salarial da empresa passa a ser de R$ 1.381,66.

Prejuízos

Enquanto a paralisação na Volvo durou apenas um dia, na Renault ela se estendeu por sete dias úteis. Isso significa que 6.240 veículos deixaram de sair das linhas da montadora francesa no período, segundo as contas do SMC. Essa quebra, que equivale a um terço da produção mensal, é ainda mais relevante porque em outubro o IPI começará a voltar ao patamar pré-crise. A assessoria de imprensa da montadora francesa informou que a estratégia para recuperar a perda ainda não está definida.

Na Volks, onde a greve teve início um dia antes da Renault, o SMC estima que 8.960 unidades deixaram de ser fabricadas. As negociações com a fábrica alemã estão paradas, segundo o diretor do SMC Cláudio Gramm, porque a empresa oferece aumento real de 2% e abono de R$ 1,5 mil – valores aceitos pelas montadoras do Grande ABC paulista, mas inferior aos oferecidos por Renault e Volvo. "Além disso, eles estão se recusando a aumentar o valor do adicional noturno, que é de 30% em São Paulo e de 25% aqui em Curitiba", diz o sindicalista.

Maior reajuste

Os metalúrgicos da Honda, de Sumaré (SP), e da Toyota, de Indaiatuba (SP), por sua vez, conseguiram aumento de 10%, equivalente a um reajuste real de 5,32% mais a inflação.

Além da Volks de Curitiba, os trabalhadores da fábrica da Mercedes-Benz, em Campinas (SP), também rejeitam a proposta de 2% de aumento real. Pelo mesmo motivo, os funcionários da unidade da GM de São José dos Campos (SP) retomaram a paralisação ontem à tarde.

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