• Carregando...
Palomo, sobre as picapes: “Não estamos nesse segmento e queremos estar” | Brunno Covello / Gazeta do Povo
Palomo, sobre as picapes: “Não estamos nesse segmento e queremos estar”| Foto: Brunno Covello / Gazeta do Povo

65,9 mil comerciais leves foram vendidas pela Renault no Brasil em 2013.

O Brasil está na mira do grupo Renault no mercado de comerciais leves. A empresa, que entre 2008 e 2013 elevou de 12% para 22% sua participação no mercado de furgões pequenos e grandes, quer atingir a liderança de vendas nesse setor, hoje nas mãos da Fiat, e se prepara para novas empreitadas. Entre elas está a entrada no mercado de picapes.

No setor de utilitários, a marca vende hoje o Master, produzido na fábrica de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, e o Kangoo, montado na Argentina.

Em sua segunda visita ao Brasil, o espanhol Juan-Jose Palomo, vice-presidente mundial da área de comerciais leves do grupo, diz que o país deve repetir, nos próximos anos, a evolução que o mercado europeu apresentou nesse segmento, onde a marca é líder de vendas há 16 anos.

O Brasil é o sétimo maior mercado de comerciais leves da companhia. "Existe um grande potencial de crescimento para os próximos anos", diz ele, que admite que o grupo planeja lançar uma picape no mercado nacional. "Não estamos nesse segmento e queremos estar. A questão é definir quando e como", diz.

Na contramão do mercado de automóveis, que caiu 3,1%, o setor de comerciais leves cresceu 4,3% em 2013, com vendas de 816,1 mil unidades, segundo a Anfavea. A Renault avançou 8,2% e emplacou 65,9 mil unidades.

Segundo Palomo, o mercado de comerciais leves obedece o ritmo da economia. "Há uma correlação entre o desempenho desse mercado e o PIB", afirma. Ao contrário do mercado de automóveis, em que a compra se dá muitas vezes por impulso, no de comerciais leves a decisão é racional. "É um negócio business to business", diz. Mais de 50% dos furgões vendidos são transformados para aplicações de trabalho – hoje são cerca de 70 configurações.

A Renault também deve ampliar a rede de concessionárias voltada para esse setor no país, a Pro+, que hoje tem 53 lojas. A ideia é terminar o ano com 63.

A fábrica onde produz o Master é compartilhada com a Nissan, que monta a picape Frontier no local. Nela trabalham hoje cerca de 800 pessoas. A ideia, de acordo com Palomo, é reforçar, à medida que a produção aumenta, o índice de nacionalização do Master. A linha de produção tem capacidade para 23 mil unidades por ano.

A América Latina é, para ele, um dos mercados estratégicos para a expansão do grupo Renault na área de comerciais leves, com a estabilidade das vendas na Europa. A preocupação maior neste ano está com a economia argentina. "O nosso resultado vai depender de como vão se comportar as vendas lá. Estamos preocupados e vigilantes", acrescenta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]