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O orçamento das famílias contará também com outros aliados em 2010. O crescimento do emprego, o aumento da renda e o crédito devem turbinar as receitas do brasileiro, que de forma geral, terá mais dinheiro para gastar no próximo ano.

Passado o pior do choque global, economistas estimam que o crescimento do consumo deve atingir patamares semelhantes aos de antes da crise.

"Teremos um crescimento mais robusto do mercado de trabalho e inflação controlada", diz Thais Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg Consultores Associados.

Um estudo da MB Associados prevê que a renda deve crescer R$ 72,7 bilhões em 2010, contra R$ 57,3 bilhões neste ano e R$ 64,9 bilhões em 2008.

O aumento do salário mínimo – de R$ 465 para R$ 506,44 – programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, e as negociações de reajustes salariais em um ambiente mais favorável devem sustentar esse crescimento. Para Thais, no entanto, mesmo com a renda e o consumo maiores, não há, de maneira geral, grandes ameaças de preços para 2010. "A indústria ainda possui capacidade ociosa e o câmbio facilita importações, o que inibe remarcações de preços", diz.

Inflação

O último relatório Focus do Banco Central divulgado na semana passada reduziu as previsões para o IPCA, que mede a inflação oficial, de 4,29% para 4,27% neste ano. Para 2010, a projeção foi reduzida de 4,5% para 4,45%. As pressões mais fortes devem começar a aparecer no fim de 2010, reflexo da demanda aquecida, o que provavelmente levará o Banco Central a fazer uma nova rodada de aumento de juros, de acordo com Fábio Romão, economista da LCA. Ele prevê que a taxa Selic deve entrar em 2011 em 10%, contra os 8,75% de hoje.

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