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Sanepar

Racionamento descartado

A Sanepar descarta um novo racionamento de água na região de Curitiba. Em 4 de agosto de 2006, a empresa foi obrigada a decretar rodízio no abastecimento, devido à estiagem iniciada no verão. Interrompido algumas vezes, o rodízio só foi encerrado três meses depois. "O nível dos reservatórios nos permite chegar ao fim do inverno com tranqüilidade", assegura o gerente de produção da região de Curitiba, Paulo Raffo. "A partir da metade de setembro, com a chegada da primavera, eles começam a encher novamente, e devem extravasar até o fim de outubro." Os reservatórios Iraí e Piraquara – que têm capacidade para 81 milhões de metros cúbicos de água – ocupam no momento 82% do nível máximo. O reservatório do Passaúna, de 48 milhões de metros cúbicos, está cheio. No mês passado, os índices eram de 80% e 99%. No início de agosto de 2006, a situação era crítica: o sistema Piraquara-Iraí tinha menos de 35% de seu volume máximo, e o Passaúna estava 85% ocupado. (FJ)

Chuvas acima da média no mês passado elevaram os reservatórios das hidrelétricas paranaenses e reverteram a queda ocorrida entre maio e junho, quando o estado passou por uma estiagem de mais de 40 dias. Embora a energia armazenada em forma de água no Rio Iguaçu tenha recuado de 73% para 70% nos últimos 30 dias, as barragens mais importantes subiram ou mantiveram o mesmo nível observado no início do mês passado – a exceção é Salto Santiago, no Sudoeste.

A maioria das represas têm volume útil superior a 70% do máximo, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando o nível caiu abaixo de 30% em razão da seca prolongada. De acordo com boletim divulgado domingo pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a situação dos reservatórios que fazem parte do sistema da Região Sul também é satisfatória: a energia armazenada em forma de água equivale a 80% da capacidade máxima, o que representa um aumento de 9 pontos porcentuais nos últimos 30 dias. Há um ano, o nível era de 39%.

O patamar atual também está bem acima do chamado nível de risco, de 13% no inverno. No ano passado, quando as barragens se aproximaram desse índice, a Região Sul teve de importar energia do sistema Sudeste/Centro-Oeste. De acordo com o assessor da diretoria de geração e transmissão de energia da Copel, Robson Schiefler, a situação é confortável e indica que o Paraná chegará ao fim do inverno sem ameaça de racionamento. "O nível atual é bom, e a previsão climática para os próximos três meses mostra que as chuvas vão ficar próximas da média histórica."

Clima

Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Instituto Tecnológico Simepar, com exceção do Oeste e parte do Sudoeste, a maioria das regiões do Paraná teve chuvas acima da média histórica em julho. Em Curitiba e região, choveu 100 milímetros no mês passado, frente à média de 96 milímetros. Em Guarapuava, no Centro do estado, as chuvas foram de 140 milímetros, acima da média de 110. Nas regiões de Londrina (Norte), Palmas (Centro) e Pato Branco (Sudoeste), as precipitações também superaram a média histórica.

Para o mês de agosto, a previsão é de que chova um pouco menos que o normal. "Há indicativos de que as frentes frias vão chegar ao Paraná, mas com fraca intensidade até o dia 15, pelo menos. O detalhe é que, como chove pouco no inverno, se apenas uma frente fria mais forte conseguir chegar, já é suficiente para provocar a chuva esperada durante todo o mês."

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