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A representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, disse na sexta-feira que espera "pensar criativamente" com o Brasil sobre como retomar a chamada Rodada de Doha das negociações comerciais globais.

- O Brasil ocupa uma posição única na Organização Mundial do Comércio em termos do seu papel e da sua potencial influência sobre outros países em desenvolvimento e em particular sobre outros países em desenvolvimento avançado - disse Schwab a jornalistas no Rio de Janeiro.

No sábado, ela se reúne com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

- Pense nisso como uma reunião para pensar criativamente sobre como conseguiremos um 'sim', conseguiremos convergência, se for possível haver convergência - disse ela.

A negociação foi definitivamente suspensa na segunda-feira, depois que o G6, grupo de países-chave no processo, não conseguiu chegar a um acordo sobre como reduzir tarifas e subsídios agrícolas.

- Acho que Estados Unidos e Brasil estão juntos no nosso desejo de ver um resultado bem-sucedido na Rodada de Doha. Celso Amorim foi a primeira pessoa a quem recorri depois que as negociações fracassaram... porque entre nós temos a capacidade de considerar os pontos de convergência."

Segundo ela, os EUA correm contra o tempo para completar as negociações, enquanto o governo Bush tem autorização para negociar acordos comerciais sem que o Congresso possa modificá-los - o que expira em 1 de julho de 2007.

Schwab disse que levantará a questão da renovação dessa autoridade junto ao Congresso em breve, mas que não comentará sobre as perspectivas de ela ser aceita.

O governo Bush demorou quase dois anos desde sua posse, em 2001, para conseguir essa autorização. A Casa Branca pode pedir sua renovação, mas dificilmente isso ocorrerá se os democratas assumirem o controle do parlamento na eleição de novembro.

Schwab disse que levaria vários meses para preparar uma reunião dos principais ministros de Comércio da OMC, mesmo se eles encontrarem um denominador comum.

- Se não tivermos um acordo até o final de 2006, será praticamente impossível usar a autoridade de promoção. É uma corrida contra o relógio - disse Schwab.

Pela autoridade de promoção comercial, o Congresso norte-americano precisa de 90 dias para aprovar um acordo.

- Se não tivermos uma solução até março ou abril, é difícil imaginar uma solução em menos de mais um ano ou dois, ou até mais - afirmou ela.

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