Os oito bancos que não passaram nos testes de estresse aplicados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) precisariam levantar um total de aproximadamente 2,5 bilhões de euros em capital para atingirem o nível mínimo de solidez financeira exigido pela instituição. Os testes determinam que, num cenário de condições econômicas e financeiras adversas, cada um dos bancos avaliados possua uma reserva equivalente a 5% do capital Tier 1 (recursos próprios mais reservas).
Na Espanha, cinco bancos foram reprovados, segundo os documentos divulgados pela EBA. O que ficou em situação mais crítica foi a Caja de Ahorros del Mediterráneo (CAM), que precisaria levantar 947 milhões de euros para cumprir os requisitos mínimos exigidos nos testes. O Banco Pastor também estaria numa situação complicada em caso de um cenário adverso e, de acordo o resultado dos testes, teria de captar 317 milhões de euros.
Os outros bancos espanhóis reprovados foram o Grupo Caja3, que precisaria levantar 140 milhões de euros, o Unnim, que teria de aumentar suas reservas em 85 milhões de euros, e o Catalunya Caixa, que precisaria captar 75 milhões de euros.
O banco grego ATEBank precisaria levantar um total de 713 milhões de euros, visto que, num cenário de condições adversas, sua taxa de reservas ficaria em déficit de 0,8%. Outro banco da Grécia, o EFG Eurobank, também foi reprovado e segundo a EBA precisaria captar 58 milhões de euros para se adequar.
O último reprovado foi o banco austríaco Volksbank, que deveria levantar 160 milhões de euros para elevar sua taxa de reservas de 4,5% para 5%.
Embora o resultado dos testes de estresse da EBA mostre que há potenciais deficiências nesses oito bancos, o órgão não tem poder para obrigar as instituições a levantarem o capital recomendado.
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