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Apesar de serem clientes antigas, a aposentada Ruth Tiburtius, 78 anos, e a editora Heloísa dos Santos, 58, aprovam as mudanças do Mercado Municipal de Curitiba. Mãe e filha não deixam de comprar frutas e verduras, e aproveitam para levar especiarias e vinhos. Ruth frequenta o local desde a inauguração, e elogia a limpeza. "O mercado virou até uma atração turística. Nós recebemos muitos estrangeiros e sempre os trazemos aqui", diz. As duas, que moram no Batel, não se incomodam em deixar o bairro para ir até o mercado. Ao contrário da maioria do público, preferem os dias de semana. A única reclamação que fazem é da ausência de carrinhos. "A gente acaba comprando menos por que começa a ficar pesado para carregar", reclamam. Segundo a administração, o uso de carrinhos deve ser definido pelos permissionários, em assembléia. A sofisticação, no entanto, não agrada a todos. A médica veterinária Carmem Bräuninger, 47, espera que a onda de requinte não prejudique os fiéis compradores e nem afaste as barracas tradicionais. "Eu, por exemplo, tenho hábitos simples, e procuro frutas e verduras frescas e de boa qualidade", diz. No entanto, ela não resistiu e levou para casa um vinho importado. "Vou oferecer um jantar e um bom vinho não pode faltar", completa.

Permissionários mais antigos também reclamam. Há 45 anos com um barraca de frutas, verduras e legumes, Eduardo dos Santos, 76, não vê o aumento do movimento reverter em vendas. "Hoje o mercado é quase um shopping center, muita gente vem passear e não comprar", reclama.

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