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A Marinha do Brasil voltou a autorizar que navios com calado (a parte submersa) de até 12,5 metros circulem pelo Canal da Galheta, que dá acesso aos Portos de Paranaguá e Antonina. Desde abril de 2008, o calado máximo era de 11,3 metros. O anúncio foi feito pelo capitão dos Portos do Paraná, capitão-de-mar-e-guerra Marcos Antonio Nóbrega Rios, em uma reunião com o superintendente da Administração dos Portos (Appa), Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, e representantes da comunidade portuária na sede da capitania, em Paranaguá.

A medida animou os operadores com a possibilidade de os navios operarem com maior capacidade de carga, porém não siginifica que todas as embarcações poderão usar a dimensão permitida na Galheta, uma vez que parte dos berços de atracação tem profundidade menor que 12 metros.

A liberação da Marinha acontece pouco mais de três meses após a conclusão da dragagem emergencial, realizada pela Somar Serviços de Operações Marítimas, que restabeleceu a profundidade de 15 metros e largura de 200 metros nos seis quilômetros de extensão do canal. Foram retirados cerca de 3,8 milhões de metros cúbicos em sedimentos do fundo do mar. A profundidade é um fator decisivo para que os navios operem com carga plena. Quanto mais pesados, mais profundidade precisam. Os portos de Santa Cata­rina, Itajaí e São Francisco do Sul, por exemplo, operam com calado de até 10 metros, menor do que em Paranaguá.

O capitão dos Portos do Paraná destacou que o restabelecimento do calado em 12,5 metros é um sinal de mudança no porto. "Nós temos que apresentar aos empresários a perspectiva de que isso aqui vai melhorar". Marcos Antonio Nóbrega Rios mostrou ainda boa vontade para derrubar as restrições anteriores, já que a batimetria (medição da profundidade) depende ainda da homologação do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), órgão vinculado à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), em Niterói (RJ). "Confio nos estudos que foram apresentados, de dragagem e batimetria".

A batimetria foi encomendada pela Paranaguá Pilots, empresa que reúne os práticos (os responsáveis por "dirigir" os navios do mar até a atracação). Com base nestes dados, a Marinha autorizou também a navegação noturna, mas apenas para navios com calado de no máximo 11 metros.

O superintendente da Appa, Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, falou que a mudança de calado é o primeiro passo de outros melhoramentos no porto, que chegou a um estado crítico no fim de 2008 com problemas de assoreamento do Canal da Galheta. "Tivemos uma série de infortúnios. Estávamos a beira de um colapso", frisou.

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