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Agosto - Opções mais populares tiveram alta

São Paulo - As taxas de juros de duas das categorias mais populares de crédito aos consumidores registraram nova alta em agosto. A taxa média para o empréstimo pessoal subiu 0,16 ponto porcentual – foi de 5,71% ao mês em julho para 5,71% em agosto. No cheque especial, o aumento foi de 0,01 ponto porcentual, de 9,55% para 9,56%. Os dados constam de levantamento feito por técnicos do Procon-SP com sete bancos monitorados pela instituição. O maior aumento na categoria de empréstimo pessoal foi registrado no HSBC. A taxa subiu um ponto porcentual, para 5,99%. O Itaú apresentou os juros mais altos da pesquisa para esse tipo de financiamento, em 6,45%. Bradesco e Safra também registraram reajuste no período pesquisado. A taxa do cheque especial subiu de 8,87% para 8,91% no Bradesco e de 9,01% para 9,03% no Itaú. Nos outros bancos pesquisados, os juros ficaram estáveis no mesmo patamar de julho. O Safra apresentou a maior taxa da categoria, em 12,30%. A alta acumulada no ano é de 0,6 ponto porcentual na média para o empréstimo pessoal e de 0,44 ponto porcentual na média para o cheque especial.

Folhapress

Brasília - O governo prefere esperar os dados de inflação do mês de agosto, que serão divulgados mês que vem, antes de decidir sobre cortes nos juros. Se ficar comprovado o recuo dos preços, como apostam Banco Central e Ministério da Fa­­­­zenda, haverá espaço para redução da taxa Selic. Ana­­­listas acreditam que uma desaceleração da economia no segundo trimestre, cujo resultado sai no início de setembro, também pode levar o BC a cortar juros na reunião seguinte.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, deu um alívio no mês passado e pode permitir cortes nos juros ainda neste ano, avaliou o deputado Claudio Puty (PT-PA), presidente da Comissão de Finanças, Tributação e Controle da Câmara. "O resultado da inflação foi bem razoável, com deflação em algumas cidades. Pode se preparar para uma queda de juros, até como tentativa de reduzir a diferença da taxa em relação à média mundial", disse Puty.

Outro interlocutor da equipe econômica, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que preside a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, não descarta a possibilidade de o governo retirar travas ao consumo adotadas no início do ano, as chamadas medidas macroprudenciais.

A cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em empréstimos e a exigência de maior valor de entrada no financiamento de automóveis são exemplos de medidas desse tipo. "O governo não vai ficar procrastinando, vai agir pontualmente, em casos localizados. Não vai ficar parado", diz o senador.

Crescimento

Serve de conforto ao Comitê de Política Monetária (Copom) a decisão do governo de seguir à risca o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento deste ano, confirmado na semana passada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. "A probabilidade de corte de juros subiu bastante, de fato", disse Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro e economista-chefe do banco J.Safra. "Se o cenário apontar o crescimento da economia indo para 3%, a probabilidade de o BC agir na política monetária, dada a premissa de rigor fiscal, é muito grande."

Para sacramentar um corte de juros, faltaria uma queda nas cotações internacionais de commodities, o que ainda não ocorreu por causa da volatilidade dos mercados nos últimos dias. As apostas se baseiam em um estudo do Banco Central no relatório de inflação de junho. Segundo a autoridade monetária, "a dinâmica dos preços das commodities esteve, na última década, correlacionada com as taxas de inflação em nível global em graus superiores aos observados em décadas anteriores".

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