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Empresas que despertaram para a importância de dar o retorno adequado aos seus funcionários dizem que a experiência valeu muito a pena. A Aspro do Brasil – braço da multinacional argentina de sistemas de compressão para gás natural veicular –, com sede em Curitiba, é um exemplo. Além dos meios formais – como jornais internos e prêmios na festa de fim de ano – a empresa incentiva os líderes a conversarem com seus subordinados constantemente para fazer o chamado "feedback" (denominação importada do inglês). "Acreditamos que um funcionário valorizado e motivado vai trabalhar para a segurança da empresa", explica Ailton Siqueira, gerente industrial da Aspro do Brasil.

Siqueira conta que a estratégia é lembrar o funcionário de que ele faz parte dos resultados atingidos pela companhia. "A cada 15 dias, fazemos uma pausa na produção para informar a todos como está a empresa. Falamos dos planos, do cenário etc. O trabalhador adora porque se sente integrado." Quando uma tarefa especial na indústria é concluída, como uma importante encomenda para o exterior, a fábrica pára e comemora o êxito. Para o engenheiro Paulo Lomonaco, que trabalha na Aspro, com essas ações a empresa mostra o quanto o funcionário é importante no processo produtivo. "Somos orientados a repassar para os funcionários do chão de fábrica os elogios dos clientes, para mostrar que o mérito não foi só para o gerente responsável."

Outra empresa que depende do feedback para levar adiante seus negócios é a Forever Living, que trabalha com o sistema de vendas diretas, ou seja, sem intermediários entre o distribuidor e o cliente. "É ele quem está em campo, em contato com o cliente, por isso sabe da aceitação dos produtos, das tendências e das demandas", explica o diretor-geral da empresa no Brasil, Fernando Junqueira. De acordo com ele, as sugestões dos distribuidores são discutidas e aplicadas regularmente. "Estamos avaliando a todo momento nossa política de desenvolvimento de produtos", justifica.

Mais uma mostra de boa aplicação das práticas de dar retorno dos resultados aos funcionários vem da distribuidora de energia elétrica Cataguazes Leopoldina, de Minas Gerais. Como a empresa tem 750 funcionários espalhados em mais de 60 municípios, a troca de sugestões entre a chefia é muito importante para o andamento do trabalho, explica o diretor administrativo da empresa, José Marcelo Gonçalves. "Implantamos um programa para tirar as dúvidas dos colaboradores e damos prêmios para as melhores sugestões do ano." No ano passado, o vencedor foi um funcionário que inventou um equipamento para trocar cabos sem que a transmissão de energia seja interrompida.

O gerente-geral do hotel Pérola Búzios (no Rio de Janeiro), Hernán Saucedo, acredita que em primeiro lugar o líder deve compartilhar os objetivos com os funcionários, para que metas sejam estabelecidas. "Mas não podem ser atingíveis, senão podem gerar frustração", alerta.

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