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O aumento da produção das indústrias metal-mecânicas paranaenses é um movimento que está em xeque, e há risco de demissões. A advertência é do presidente do Sindimetal-PR, Roberto Karam. Ele classifica a taxa básica de juros e a valorização do real como as principais barreiras à continuidade do crescimento. "As empresas exportadoras estão lutando para não perder seus clientes, honrando os contratos firmados antes da valorização do câmbio", diz Karam. "Mas os ganhos das empresas diminuíram demais. Agora elas estão empatando, daqui a dois ou três meses, estarão no vermelho", diz. Karam informa que nas empresas menores, que atendem mais ao mercado interno, as demissões já começaram.

O vice-presidente de indústria da Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa, Carlos Jabur, informa que tanto metalúrgicas quanto madeireiras – que estão entre os mais importantes segmentos econômicos da região dos Campos Gerais – dispensaram funcionários recentemente. Essas empresas, que contrataram no ano passado, agora mandam embora os excedentes gerados pela queda do faturamento com o mercado externo. "Isso pode ser observado no aumento de 80% nos pedidos de seguro-desemprego", diz.

A previsão do Sindimetal não parece intimidar quem deseja trabalhar na indústria automotiva. Desempenhos como o da Volkswagen/Audi, que elevou em 73% sua produção no primeiro semestre, provocaram aumento de 65,8% no número de matrículas dos cursos da área oferecidos pelo Senai de Curitiba.

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