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Meirelles: “Brasil não aceitará desequilíbrios de outros países” | Valter Campanato/ABr
Meirelles: “Brasil não aceitará desequilíbrios de outros países”| Foto: Valter Campanato/ABr

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que houve avanço nas discussões cambiais na Reunião Anual do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) e Banco Mundial, que terminou ontem em Washing­ton, mas que espera que algum acordo entre países possa ser al­­cançado na reunião do G-20, em Seul, no mês que vem. "[A discussão] não foi conclusiva neste mo­­mento, como prevíamos. No en­­tanto, ela caminhou bastante."

Meirelles disse que a posição do Brasil em relação aos desequilíbrios cambiais ficou clara nos últimos dias. "O Brasil fez a sua parte. Es­­tá fazendo a sua parte. O Brasil não pode aceitar, e não o fará, desequilibrar sua economia, aceitando desequilíbrios de outros países, co­­mo na questão do desequilíbrio de moedas. Isso não é correto. O Brasil toma suas medidas de defesa e propõe a discussão em nível global."

Assim como outros países, o Brasil tem adotado medidas para evitar uma supervalorização de sua moeda. É "a guerra cambial", como batizou o mi­­nistro da Fazenda, Guido Man­­tega, que também esteve presente às reuniões do FMI. Além de continuar engordando suas reservas internacionais, recentemente o Brasil au­­mentou o Im­­posto sobre Ope­­rações Fi­­nanceiras (IOF) de 2% para 4% para capital estrangeiro com o objetivo de conter o flu­­xo de dólares.

Entretanto, a possibilidade de um acordo global em tor­­no da questão cambial é vista com descrença por mui­­tos, pois nas duas pontas desse cabo de guerra estão Esta­dos Unidos e China, que não parecem dispostos a ceder nesta disputa por maior competitividade no co­­mér­­cio global.

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