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A recente revisão da metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) - que fez a economia do país crescer 11% - é um ajuste estatístico que não altera as perspectivas para o Brasil nem a nota de crédito do país. Essa é a avaliação da agência de classificação de risco Moody´s Investors Service.

Em relatório publicado nesta quarta-feira, o vice-presidente da instituição, Mauro Leos, pondera que as notas do Brasil continuarão a refletir "o desempenho fiscal, as prioridades das políticas de governo, e a posição relativa dos indicadores de dívida interna e externa do Brasil quando comparados a países de rating similar ou superior."

Segundo Leos, apesar da revisão, que reduziu a relação dívida/PIB, "não há evidências de uma mudança fundamental na posição relativa de crédito do Brasil, medida pelos indicadores da dívida pública. Ainda que os indicadores de dívida do governo estejam abaixo do estimado, eles estão em linha com aqueles observados na categoria de ratings Ba".

Com a revisão, a relação dívida pública líquida sobre PIB caiu dos 50% estimados anteriormente para 44,9% no ano passado. Já a taxa de dívida bruta sobre o PIB caiu de 73% para 65,5%. O indicador é utilizado pela Moody's para comparar países na mesma escala de risco.

Para o vice-presidente da Moody's, as mudanças de nota do Brasil estão condicionadas a avanços fiscais, não estatísticos. Ele avalia que o governo precisa atacar "de maneira mais agressiva" a tendência de alta das despesas primárias e o crescimento dos gastos com previdência. Só então poderá haver melhora na nota brasileira.

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