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A crescente elite endinheirada da China está ficando seletiva na hora de comprar bens de luxo e se importa pouco com lealdade a marcas, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira.

A pesquisa Hurun Report levou em conta carros, relógios e outros produtos de luxo. Foram ouvidos mais de 600 empresários e os resultados mostraram que os novos-ricos chineses são mais propensos a mudar para novos produtos estrangeiros no lugar de marcas com uma longa história no país.

A Vacheron Constantin, parte do grupo de produtos de luxo Richemont SA, na China desde 1998, perdeu sua posição de liderança como marca de relógio mais badalada do país para a rival Patek Philippe, lançado na China em 2005, segundo a lista Hurun.

``As marcas que eles pensam quando ficam ricos são a de um carro veloz - provavelmente BMW ou Mercedes - e de um (relógio) Rolex'', disse Rupert Hoogewerf, de Xangai, que publicou a pesquisa anual Hurun pelo terceiro ano seguido.

``Depois que ficam com seu Rolex por um tempo, descobrem que há outros tipos de marcas, como Patek Philippe. Estes empresários estão se tornando mais sofisticados.''

O mercado chinês de produtos de luxo - excluindo aviões particulares e iates de primeira linha - foi avaliado em 6 bilhões de dólares em 2004, tornando a China o terceiro consumidor mundial de bens de luxo, de acordo com a Goldman Sachs.

O mercado está crescendo rapidamente. Na primeira metade de 2006, a Ásia, sem contar o Japão, respondeu por 19 por cento da arrecadação do grupo LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton, o maior conglomerado do mundo de produtos de luxo.

A Louis Vuitton ficou em segundo lugar da lista Hurun de marcas mais populares na China, atrás da BMW.

Hoogewerf também publica uma lista anual de ricos da China.

O crescimento dos milionários na China acontece em meio à ampliação do abismo entre ricos e pobres, que, segundo analistas, ameaça a estabilidade social mesmo com o florescimento da economia.

O presidente chinês, Hu Jintao, pediu em julho mais esforços para tratar desta diferença, afirmando que os salários devem seguir o mercado, mas que o país deve manter o foco na justiça.

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