• Carregando...

São Paulo – O cenário tranquilo favoreceu a queda do risco-país para as economias emergentes ontem como um todo, e, entre elas, o Brasil se destacou. O risco Brasil fechou ontem em 195 pontos, novo recorde de baixa. O indicador, medido pelo banco americano JP Morgan, mostra a diferença entre os juros pagos por títulos do governo brasileiro e os do governo norte-americano. Hoje, o risco brasileiro caiu cerca de 4%.

Os papéis do Brasil estão se valorizando na onda dos demais países emergentes. Ontem, o índice Embi+, também do JP Morgan e que mede o risco de uma cesta de papéis de países emergentes, inclusive o Brasil, também caiu, fechando em 172 pontos, menor nível já registrado.

Nem a turbulência na Tailândia – que enfrentou fuga de capitais da Bolsa após o governo anunciar nesta semana a adoção de controle de capitais – minou o otimismo dos investidores em relação aos papéis de países emergentes. O governo voltou atrás, suspendendo o controle no caso de investimentos em Bolsa, mas o cenário relativamente conturbado do país não contaminou os papéis de outros emergentes, que logo se descolaram dos títulos e ativos tailandeses.

O risco é uma medida indireta da confiança dos investidores em relação ao países, mas reflete também a imensa liquidez no mercado internacional de capitais.

Assim, em parte, a valorização de títulos públicos dos países emergentes reflete a melhora das condições macroeconômicas desses países, que exportam mais e cujas contas públicas estão mais em ordem.

Mas parte da alta é também explicada pela grande quantidade de dólares no mercado global, o que faz com que investidores procurem cada vez mais opções rentáveis, ainda que mais arriscadas, de investimentos, caso dos papéis dos emergentes.

A queda é positiva para os países porque mostra uma melhora nas condições de financiamento. Caso o governo brasileiro decida emitir títulos e colocá-los no mercado internacional, a queda do risco significa que ele poderá fazê-lo a taxas menores do que no passado.

A queda também beneficia as empresas. Para grande parte delas, o risco-país associado ao território em que elas operam é uma espécie de piso para as operações de financiamento externo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]