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O risco-país fechou nesta sexta-feira na mínima do dia, com mais um recorde histórico, de 194 pontos. Ao longo dos negócios, o indicador, medido pelo JP Morgan, chegou a bater a máxima de 201 pontos, mas logo recuou.

O movimento foi seguido pela Argentina, que também viu seu risco recuar de 278 para 223 pontos básicos.

O risco-país brasileiro vem caindo gradualmente nos últimos anos. O patamar máximo já alcançado foi de 2.436 pontos básicos em 27 de setembro de 2002, véspera das eleições que deram, pela primeira vez, a vitória ao presidente Lula.

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 0,07%, aos 43.356 pontos e volume financeiro de R$ 1,453 bilhão.

A previsão é de que o ritmo dos negócios comece a desacelerar a partir da próxima semana, entre as festas de Natal e Ano Novo.

Os negócios do dia foram influenciados por indicadores da economia americana, que acabaram puxando para baixo os mercados do país.

O índice Dow Jones tinha queda de 0,42%, a 12.369,3 pontos; o Nadaq caía 0,35%, a 2.407,43 pontos; o S&P, por sua vez, caía 0,32%, a 1.413,77 pontos.

Um relatório sobre bens duráveis, considerado uma medida de gastos da indústria, mostrou queda do indicador de 1,1% em novembro, excluindo o setor de transportes, o que acena para o enfraquecimento da economia do país.

Apesar disto, indicadores de inflação ficaram estáveis. Já os gastos do consumidor subiram 0,5%, contra expectativa do mercado de 0,6%, de acordo com o Departamento de Comércio. Em outubro, o índice revisado foi de 0,3%.

O rendimento pessoal, por sua vez, cresceu 0,3%, contra uma revisão também de 0,3% no mês anterior. Analistas esperavam que o indicador subisse 0,4%.

Já o dólar fechou em queda de 0,42%, a R$ 2,149.Economista: risco pode descer a 170 pontos

Segundo o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, a redução do risco é um movimento generalizado entre os países emergentes nesta sexta-feira.

O Embi+, que mede o risco dos países emergentes, como um todo, fechou em queda de dois pontos, 171 pontos básicos.

- A aceitação do Brasil está um pouco melhor que a de outros países, já que o prêmio do país estava muito alto. Há uma melhora dos fundamentos do país nos últimos anos e que vem se consolidando cada vez mais - diz.

Para o economista, o risco-país poderá alcançar os 170 pontos básicos em 2007.No cenário interno, notícias positivas

No cenário interno, as notícias foram todas positivas. O governo divulgou que o superávit primário está em 4,41% do Produto Interno Bruto nos últimos 12 meses , e que a meta, de 4,25%, será alcançada. Além disso, a inflação medida pelo IGP-M na segunda prévia de dezembro teve alta de 0,28% , também dentro das expectativas, de acordo com um analista de investimentos da corretora Socopa:

- Aqui o cenário está muito tranqüilo. O superávit foi bom, o IGP-M saiu em linha com o esperado e a bolsa opera praticamente no zero a zero. Não há motivo para comprar ações, mas também não há razão para vender - disse.

As bolsas de valores européias fecharam em queda nesta sexta-feira, último pregão antes do Natal, com fraco volume de negócios e notícias corporativas limitadas.

Temores de desaquecimento acima do previsto da economia dos Estados Unidos voltaram a pesar entre os investidores.

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