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As fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras nos primeiros três meses de 2009 movimentaram 11,875 bilhões de dólares, uma queda de 55 por cento em relação ao mesmo período de 2008, segundo um levantamento da Thomson Reuters.

Essa queda se contrapõe ao total envolvido nas operações anunciadas. Na comparação com o primeiro quarto do ano passado, o volume envolvido nos anúncios subiu 59,7 por cento, para 15,38 bilhões de dólares.

Dentre as maiores operações anunciadas no período, estão a compra de 50 por cento do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil, e a compra do controle da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel.

De acordo com Carlos Parizzotto, sócio da Cypress Associates, com a intensificação da crise global, e o sumiço das fontes de crédito que financiavam boa parte desse tipo de operação, criou-se um cenário particular no setor.

"Nos bastidores, o mercado está em efervescência total. Tenho mais de 20 operações no papel, mas o interesse por negócios não está se traduzindo em operações", resume.

Segundo ele, essa dicotomia se explica pela dificuldade de se estabelecer um preço que agrade compradores e vendedores.

"Tem muita gente capitalizada com dinheiro para comprar, mas os vendedores não querem se desfazer dos ativos nos preços atuais, que estão muito baixos", explica.

Segundo ele, grandes fundos de private equity estão entre os principais interessados em compras. Do outro lado, pressionadas por dívidas elevadas, empresas do setor de agronegócio, especialmente o sucroalcooleiro, são as maiores candidatas a se desfazer de ativos.

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