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Empresas do estado
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Empresas do estado regrediram em suas políticas de RH| Foto:

Baixo investimento em capacitação se mantém

Praticamente estável entre os números registrados entre 2009 e 2010, o índice que leva em conta o tempo dedicado a treinamento reafirma a tendência das empresas paranaenses em investir pouco em capacitação. A média geral ficou em 1,5% sobre o total de horas trabalhadas, assim como ocorreu em 2009.

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Congresso

RH estratégico será discutido em encontro

A seccional paranaense da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PR) realiza a partir de segunda-feira, em Curitiba, o XII Congresso Paranaense de Recursos Humanos, o Comparh. O evento tem como tema central a importância estratégica do setor dentro das organizações.

A abertura do congresso terá um debate entre o presidente da Ouro Verde Locação e Serviços, Karlis Kruklis; o presidente da Novozymes, Pedro Fernandes; o diretor superintendente do Sebrae no Paraná, Allan Costa; e do diretor da Fesa em Curitiba, Gino Oyamada. A pesquisa 3º Benchmarking Paranaense de RH, será apresentado na íntegra durante o evento.

Serviço:

XII Congresso Paranaense de Recursos Humanos. De 24 e 25 de outubro, das 13 ás 20 horas. Local: Cietep (Avenida Comendador Franco, 1341, Jardim Botânico)

  • A indústria – cuja rotatividade saltou de 26,9% para 40,2% – está perdendo trabalhadores para a construção civil

As empresas paranaenses estão com dificuldades em reter seus empregados. Na comparação entre 2009 e 2010, a movimentação média de funcionários por empresa passou de 35,6% para 44,8%, na análise de dez setores da economia local. Em 2008, a marca registrada foi de 41%. O resultado negativo de 2010 foi puxado em boa parte pelo setor industrial, no qual a rotatividade saltou de 26,9% para 40,2% na média anual.

Os números são do 3.º Ben­­chmarking Paranaense de Recur­­sos Humanos, levantamento feito pela seccional paranaense da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PR), em conjunto com a consultoria Bachmann & Associados e o Instituto Superior de Administração e Economia do Mercosul (Isae). A pesquisa, que se baseou em números de 2010, será apresentada amanhã, durante o XII Congresso Paranaense de Recursos Humanos.

Especialistas apontam como possíveis causas para este movimento o aquecimento da economia nacional, que estaria gerando competitividade entre empresas para a contratação, e, no caso específico da indústria, a constante perda de mão de obra atraída pelo setor da construção civil.

Quem comenta essa possibilidade é Dorian Bachmann, sócio e diretor técnico da Bachmann e Associados e um dos responsáveis pela pesquisa. Segundo ele, este problema é cada vez mais comum entre empresas e estaria se acentuando com o aquecimento ainda representativo do setor de obras na região.

"É a reconversão da mão de obra, movimento comum quando um setor que se encontra com alta demanda de funcionários acaba tirando empregados de outros setores, por salários e condições um pouco melhores", explica o superintendente do Isae, Norman Arruda Filho.

A questão do pagamento de horas extras também chamou atenção na pesquisa. Entre as empresas de produtos e serviços, a média de horas extras pagas chegou a 4,5% sobre o total trabalhado, acima dos 3,9% de 2009. De acordo com Bachmann, o número é preocupante, ainda mais se comparado ao que é visto internacionalmente como ideal, que seria em torno de 2%.

O cenário é pior se observado que em setores como o de transporte e o de siderurgia, algumas em­­presas chegaram a registrar índices acima dos 20%. "Levando em conta a sazonalidade, isso fica ainda pior, pois, se a média anual já é tão alta, imaginamos em períodos de maior exigência das empresas", ressalta o consultor.

Para o professor de Gestão em Recursos Humanos do Unicuritiba Algacir Cano, a opção pelo pagamento de horas extras muitas vezes é uma opção das organizações frente à falta de mão de obra qualificada. "Não é raro encontrarmos setores que, mesmo ampliando a produção acabam não aumentando as contratações proporcionalmente", diz. Os dois especialistas dizem que o assunto ainda é "mal gerenciado" pelas empresas.

Para Sônia Gurgel, presidente da ABRH-PR, uma parcela dos maus resultados apontados pela pesquisa estão na falta de uma visão de longo prazo por parte de empresários e também por executivos do setor. "Isso é demonstrado ao analisarmos índices como os de retenção e treinamento, onde antigos erros são repetidos, como cortar funcionários em um primeiro momento de dificuldade e também o investir pouco em capacitação", afirma Sônia.

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