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Desde terça-feira, o uso do glifosato Roundup Ready, da multinacional Monsanto, está liberado no Paraná pela Secretaria da Agricultura (Seab). O herbicida é necessário para o cultivo de sementes geneticamente modificadas e deve ser largamente utilizado nesta safra, já que cerca de 50% da área plantada de soja será transgênica. Com as chuvas que caíram nos últimos dias, os produtores de soja iniciaram o plantio e têm a garantia de utilizar o glifosato, de acordo com avaliação da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

A Monsanto obteve decisão favorável sobre a liberação do glifosato em agosto. A Seab incluiu o glifosato RR no cadastro de agrotóxicos permitidos para o uso no Paraná apenas na tarde de terça-feira. De acordo com o diretor do departamento de agrotóxicos da secretaria, Adriano Risemberg, foi feita a análise da eficácia agronômica do produto.

"Foi feito o cadastro, mas com restrições para quatro plantas invasoras. A Monsanto não encaminhou o teste de eficácia para elas. O produtor tem que saber que não há eficácia do herbicida nesses casos", afirmou. Entre essas plantas estão a leiteira, bastante comum nas lavouras paranaenses.

A multinacional divulgou apenas a seguinte informação: "A Monsanto já apresentou estudos que comprovam a eficácia do glifosato sobre as plantas daninhas que estão com restrição temporária do uso do produto. Esses dados agora estão sob análise da Secretaria da Agricultura do Estado."

De acordo com Risenberg, a Justiça pode rever o cadastro do glifosato RR e isso impediria novamente o uso do herbicida no Paraná. Como ele é pós-emergente, só será utilizado nas lavouras de soja quando as plantas já estiverem bem crescidas. "Qualquer herbicida só pode ser entregue mediante receita agronômica. Para fazer receita é preciso fazer diagnóstico, e não há como fazer isso antes de a planta crescer."

Na avaliação do assessor da presidência da Faep, Carlos Augusto Albuquerque, o produtor tem o direito garantido de utilizar o glifosato RR. "O agricultor fará o plantio com base em uma tecnologia que está liberada. O direito de usar o herbicida vale até o final da safra", afirma.

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