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Aproximadamente 90% dos CDs e DVDs piratas vendidos nas ruas de Curitiba vêm da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, segundo vendedores das mídias falsificadas da capital paranaense. A Gazeta do Povo conversou com quatro amigos que vendem DVDs na região central e em municípios da região metropolitana. Paulo* conta que a cada dez dias, em média, um deles viaja até a capital paulista para reabastecer o estoque das vendas semanais, estimado em 600 DVDs. Comprados por R$ 1,70 a unidade, os DVDs são vendidos aos consumidores por R$ 3. A prática mais comum, no entanto, é a venda casada de quatro unidades por R$ 10.

Segundo os vendedores, em um mês de poucos imprevistos, o rendimento chega a R$ 1 mil. O perfil dos clientes, segundo eles, é bem variado. "Temos muitos clientes fixos de classe média. Gente bacana e bem vestida que está sempre em busca das novidades", afirma Sandro*.

A maior rua de comércio popular do país também abastece os vendedores de perfumes falsificados, que compram cópias de produtos de marcas nacionais como O Boticário e Natura devidamente embaladas e prontas para venda. Enquanto os vendedores pagam, em média, R$ 5 pelas falsificações, os consumidores desembolsam valores entre R$ 10 e R$ 20 pelas fragrâncias de curta duração. João*, vendedor de perfumes do centro de Curitiba, disse que a fiscalização apertou o cerco à venda desses produtos, sobretudo pelas inúmeras reclamações de consumidores com relação a coceiras e alergias.

Apreensões

CDs e DVDs figuram em segundo lugar no ranking dos produtos mais apreendidos em 2011, atrás apenas dos cigarros. No total, foram recolhidos 4,52 milhões de pacotes, contra 3,77 milhões de unidades das mídias. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e integram o Relatório Brasil Original, do Conselho Nacional de Combate a Pirataria (CNCP), do Ministério da Justiça. Além disso, só em março deste ano foram retirados de circulação, segundo informações da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), mais de 56 mil CDs de programas de computador falsos. Depois de São Paulo, Foz do Iguaçu registrou o segundo maior número de apreensões, com 14 mil CDs ilegais. (CJ)

*Nomes fictícios

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