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Ovo, tomate e mais: veja quais alimentos e serviços pesaram no bolso na prévia da inflação de março

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Ovo, tomate, café e transportes ficaram mais caros em março e pesaram no IPCA-15 divulgado pelo IBGE. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / arquivo)

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A prévia da inflação de março, que chegou a 0,64% e é a maior para o mês desde 2023, disparou principalmente por conta do aumento dos preços dos alimentos e dos serviços, entre eles os voltados à cultura e aos transportes. A projeção foi divulgada pelo IBGE nesta quinta (27) e aponta um acumulado de 5,26% em 12 meses, superando o teto da meta da inflação de 4,5%.

Segundo o IBGE, os alimentos dispararam 1,09% no período, enquanto que os transportes subiram 0,92% e as despesas pessoais somaram 0,81%.

Veja abaixo quais alimentos e serviços ficaram mais caros na prévia da inflação de março:

  • Ovo de galinha: 19,44%;
  • Tomate: 12,57%;
  • Café moído: 8,53%;
  • Cinema, teatro e concertos: 7,42%;
  • Passagem aérea: 7,02%;
  • Alface: 6,53%;
  • Cheiro-verde: 4,9%;
  • Cebola: 4,32%;
  • Óleo diesel: 2,77%;
  • Chocolate e achocolatado em pó: 2,67%.

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Por outro lado, é o café moído que mais pesou no bolso dos brasileiros nos últimos 12 meses e quase dobra de preço, junto do aumento do óleo de soja e de carnes:

  • Café moído: 72,02%;
  • Joia: 30,13%;
  • Óleo de soja: 26,73%;
  • Acém: 26,26%;
  • Costela: 22,48%;
  • Cigarro: 22,14%;
  • Contrafilé: 21,09%;
  • Carne de porco: 20,47%;
  • Chá de dentro (coxão mole): 20,44%;
  • Alcatra: 19,44%.

A carne – além do ovo, que tem aumentado de preço desde meados do final de 2024 – é um dos itens que mais preocupa o governo, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a colocou no centro da campanha eleitoral de 2022. Na época, ele enfatizava principalmente a picanha, em que dizia que os brasileiros voltariam a comer o corte.

Com o avanço dos preços ao longo do ano passado, a carne voltou ao centro das atenções e levou o governo a procurar medidas para tentar barateá-la e recolocar na mesa dos brasileiros. Entre elas está a inclusão na lista de isenções da cesta básica da reforma tributária.

No entanto, como a isenção só será totalmente implementada apenas em 2033, após o período de transição, o governo busca outros caminhos para reduzir o preço da carne. Há negociações com produtores, a isenção do imposto de importação e, de volta, a promessa de que ela voltará às mesas da população.

“Agora, [o preço] a carne começou a cair, e pode estar certo que vai cair e o povo vai voltar a comer a sua picanha, a sua costela ou outro pedaço de carne que deseja”, disse Lula no mês passado.

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Em outra entrevista mais recente, ele afirmou que o governo pode vir a tomar “atitudes mais drásticas” para baixar os preços, citando que “o preço do café está muito caro para o consumidor, o preço do ovo está caro, o preço do milho está caro”.

Há duas semanas, Lula disse querer saber quem é o “pilantra que aumento o ovo tanto”, e que “até hoje eu não encontrei uma explicação do porquê o ovo está tão caro”.

“Eu estou querendo descobrir onde é que teve um ladrão que passou a mão no direito do povo brasileiro de comer ovo. O povo brasileiro come, em média, 260 ovos por ano. É pouco, não dá nem um por dia”, pontuou o presidente.

O IBGE apontou, ainda, que a prévia da inflação de março avançou principalmente em Curitiba (1,12%), Brasília e Porto Alegre (0,78% cada) e Rio de Janeiro (0,63). Por outro lado, Fortaleza teve o menor aumento no período, de 0,34%.

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