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Segundo uma pesquisa salarial global da consultoria Robert Walters, o cenário de remuneração de executivos no Brasil não deve dar grandes saltos em 2014.

De acordo com o levantamento, os aumentos salariais devem seguir a inflação e ficar em 8% para os que permanecerem em seu cargo atual.

Ainda assim, os salários dos executivos brasileiros sofreram aumento relativamente superior ao de executivos estrangeiros em 2013. Em São Paulo, houve aumento de remuneração em todos os cargos, enquanto em Nova York, Londres e Paris os salários ficaram estáveis ou tiveram recuo.

Segundo a pesquisa, "com a depreciação do real frente ao dólar e ao euro, a percepção de custo de um funcionário brasileiro em empresas multinacionais está menos cara".

Para Caio Taniguchi, do escritório de advocacia Aidar SBZ Advogados, o cenário da remuneração dos executivos brasileiros pode ser explicado pelas incertezas econômicas.

"A economia não apresentou crescimento como nos últimos anos, por isso não houve um acrescimento acentuado na remuneração fixa dos altos executivos."

Ele afirma que, apesar da relativa estagnação na remuneração fixa, as empresas estão apostando cada vez mais na remuneração fixa, que leva em conta o desempenho individual e os resultados da empresa, como bônus, participação dos lucros e propostas de compras de ações por profissionais.

"Isso é uma tendência desde a crise econômica de 2008. Não dá mais para ficar leiloando salários com executivos, ou eles se tornam astronômicos", explica.

Mas ele também alerta: a Receita Federal está de olho na remuneração variável. O órgão está aumentando a fiscalização para apurar se esses benefícios não almejam mascarar a real remuneração dos profissionais.

"A Receita Federal pode entender que a venda de ações para um empregado é uma forma de remuneração. Já a empresa, acha que aquilo é apenas um incentivo", diz.

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