Rio de Janeiro (Das agências) O nível de emprego permaneceu estável em janeiro, mas o valor da folha de pagamento deu um salto de 5,3% em relação a dezembro, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi influenciado pelo pagamento de benefícios na indústria extrativa (23,7%), enquanto na indústria de transformação o aumento foi de 3,7%. O crescimento da renda do trabalhador industrial em janeiro interrompeu uma seqüência de quatro meses seguidos de queda e foi igual à perda acumulada no período, de 5,3%.
Segundo a economista da Coordenação da Indústria do IBGE, Denise Cordovil, o resultado reflete o pagamento de 13.º salário e de férias na indústria extrativa.
Já o nível de emprego ficou estável em janeiro sobre dezembro, mas em relação ao primeiro mês de 2005 houve queda de 1,3% o que representa o quinto resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. No último trimestre do ano passado o emprego industrial acumulou queda de 1,2%. Com isso, a análise do comportamento do emprego industrial no longo prazo mostra desaceleração. A taxa acumulada em 12 meses passou de 1,1% em dezembro para 0,7% em janeiro.
Segundo Denise, até janeiro o emprego industrial ainda dá sinais de desaceleração. Até agora o indicador não ao período de queda de juros iniciado em setembro. A principal contribuição para a queda de 1,3% no nível de emprego industrial em relação a janeiro do ano passado veio do Rio Grande do Sul (-9,4%). As demissões superaram as contratações em 12 segmentos, com destaque para calçados e artigos de couro (-23,4%). Outros impactos negativos vieram da região Nordeste (-3,7%) e Paraná (-3,4%).
A principal contribuição positiva veio das regiões Norte e Centro-Oeste (5,0%) em razão de aumentos observados em 12 ramos industriais, com destaque para alimentos e bebidas (14,7%). Em todo o país, 12 dos 18 setores industriais apresentaram resultados negativos. As principais pressões vieram de calçados e artigos de couro (-14,7%), máquinas e equipamentos (-9,3%) e madeira (-15,6%).
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