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Curitiba – O nível de emprego no Paraná continua crescendo, porém em um ritmo mais lento do que o registrado no ano passado. No primeiro semestre, o emprego formal no estado aumentou 4,36% em relação ao fechamento de dezembro de 2004, com a criação de 74.578 novos empregos formais. Se comparado aos primeiros seis meses do ano passado, quando o saldo de novas vagas foi de 94.540, houve uma redução de 21%. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caceg) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).

O interior do estado voltou a liderar o número de empregos no primeiro semestre do ano, com 71,13% do total, representando 53.047 novas ocupações, contra 28,87% da região metropolitana de Curitiba (RMC), que abriu 21.531 novas oportunidades de trabalho. Os municípios menores do interior, mais dependentes da agricultura e da agroindústria, registraram os maiores porcentuais de crescimento de emprego, entre janeiro e junho, destaca o economista do Dieese, Sandro Silva.

Entre os 29 municípios pesquisados, Piraquara, na RMC, ficou com o maior porcentual de crescimento no emprego formal: 7,49%, sendo puxado pelo setor de serviços, que respondeu por 50,74% das novas vagas. Em segundo lugar aparece Toledo, com aumento de 6,95% das novas ocupações, impulsionadas pela indústria de transformação, que gerou 65% dos novos empregos. Em Cianorte, a terceira colocada, a indústria do vestuário respondeu por 41,63% das novas colocações no mercado formal de trabalho.

Das dez mesorregiões paranaenses, quatro tiveram aumento no nível de emprego superior ao total do estado nos primeiros seis meses do ano, com destaque para o Norte Pioneiro, com variação positiva de 14,63%, correspondendo a 9.215 vagas, influenciado pelo bom desempenho ocorrido nas microrregiões de Cornélio Procópio e Jacarezinho. Dos mais de 9 mil novos empregos criados no Norte Pioneiro, 45% ou 4.155 foram na indústria da transformação, sendo que a agricultura gerou 3.596 postos de trabalho, ou 39% do total.

Na mesorregião Noroeste, com crescimento de 11,83% e abertura de 10.543 vagas, o bom desempenho do emprego ocorreu nas microrregiões de Paranavaí e Cianorte, com destaque para a indústria de transformação e agricultura e agropecuária.

Curitiba

Na região metropolitana de Curitiba, com saldo positivo de 21.762 novos empregos nos seis primeiros meses de 2005, o destaque ficou com o setor de serviços com a abertura de 10.597 vagas (49% do total). O comércio abriu 4.269 oportunidades de trabalho (19,62% do total) e a indústria de transformação criou 4.644 vagas (21,34% do total).

Segundo Sandro Silva, a pesquisa do Dieese mostra que os piores resultados no primeiro semestre do ano, em relação ao fechamento de 2004, foram observados nas mesorregiões Centro Sul (0,41%, 311 vagas), puxado principalmente pela queda observada na microrregião de Palmas (-0,09%) e o baixo crescimento observado na microrregião de Guarapuava. Sudeste (1,44%, 592 vagas) também teve mau desempenho, influenciado por Irati (0,45%) e União da Vitória (1,44%); assim como o Centro Oriental (2,38%, 2.669 vagas); puxado principalmente pela queda observada na microrregião de Jaguariaíva (-0,10%) e o baixo crescimento observado na microrregião de Ponta Grossa (2,56%).

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