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O crescimento da economia brasileira mais vigoroso, que atrai mais investimentos de fora, está impactando no saldo de transações correntes do país, que reflete todas as operações com o exterior, como balança comercial e pagamento de juro. Em setembro, segundo o Banco Central (BC), elas ficaram em US$ 471 milhões, bem aquém da expectativa inicial de US$ 1,3 bilhão.

- As remessas de lucros e dividendos supreenderam em setembro (com saldo negativo de US$ 1,686 bilhão) - afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, acrescentando que o comportamento da balança comercial também ajuda na conta e espera para outubro déficit geral da conta corrente de cerca de US$ 500 milhões.

A maturação dos investimentos internacionais feitos no setor produtivo também pesou, já que as empresas tendem a remeter mais lucros e dividendos para suas matrizes.

Apesar disso, afirmam os especialistas, a situação da conta corrente do Brasil é boa, sobretudo com as reservas internacionais elevadas - acima dos UUS$ 160 bilhões. Para Lopes, o fato de se esperar déficits em conta corrente em alguns meses não significa que seja uma tendência.

- O balanço de pagamentos está todo financiado, tanto para 2007 quanto para 2008. A médio prazo, acho que dá para ver isso - afirmou ele.

O fato é que, em outubro (até o dia 22), a remessa de lucro e dividendos já estava em US$ 1,8 bilhão, ao mesmo tempo em que a entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) já estava em US$ 2,3 bilhões, apontando para US$ 3,3 bilhões no mês todo. Com isso, Lopes já argumentou que o BC deve revisar para cima suas estimativas de IED para 2007, que já está em US$ 32 bilhões, e ultrapassar o recorde histórico de 2000, quando ficou em US$ 32,7 bilhões.

O saldo da balança comercial foi o responsável pelo resultado positivo em setembro, com superávit de US$ 3,471 bilhões, mas quase US$ 1 bilhão a menos do que em setembro do ano passado. Os gastos com juros representaram déficit de US$ 427 milhões no mês passado.

O BC informou ainda que o saldo com viagens internacionais ficou negativo em US$ 370 milhões em setembro, acumulando no ano saídas de US$ 2,096 bilhões. Em setembro de 2006, a saída líquida foi de US$ 159 milhões.

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