Samsung quer triplicar receita no Brasil

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Quarta colocada no mercado brasileiro de eletrônicos, a Samsung quer conquistar a terceira posição ainda este ano, e triplicar seu tamanho no Brasil até 2014. Para isso, aposta no crescimento de suas linhas de notebooks e tablets. "Queremos estar entre os líderes desses segmentos, como já temos nos televisores e nos aparelhos de celular. Vamos investir de maneira muito significativa no Brasil, que é um dos mercados mais importantes do mundo para nós", disse ontem o presidente da Samsung Brasil, o coreano J.W. Kim, durante o lançamento para a imprensa do novo modelo de notebook da marca, o Série 9, em um evento em São Paulo.

Há quatro meses no Brasil, Kim não revela números, mas diz que tem um time muito "esperto" e competente estudando o mercado brasileiro e as possibilidades de expansão dos negócios da companhia. "Estar no Brasil é um desafio pessoal e profissional para mim. Estamos olhando o nosso portfólio e posso dizer que temos possibilidades de crescimento extraordinários no país. Estamos estudando também o quanto precisamos investir e qual deve ser a nossa capacidade produtiva."

A Samsung tem hoje duas fábricas no Brasil – uma em Manaus e outra em Campinas (interior de São Paulo) –, que produzem praticamente todos os produtos da marca que são vendidos no mercado brasileiro. O primeiro lote do Série 9 será importado, mas passa a ser produzido aqui no mês que vem. O computador lançado ontem tem apenas 1,3 quilos e segundo a fabricante, inaugura um novo segmento de notebooks, batizado de "fast mobility".

Tablet

O diretor de marketing da Samsung, Hamilton Yoshida, aposta em um grande crescimento no mercado de notebooks para os próximos meses – excluindo a possibilidade de qualquer influência negativa da expansão dos tablets. "As aplicações são diferentes. O tablet te dá mobilidade. Criou-se uma nova categoria. E os dois segmentos crescem em velocidade extraordinária."

Em especial para os tablets, ele vê grandes possibilidades de crescimento não apenas para o consumo individual, mas também para uso comercial. "Há um grande espaço para o mercado empresarial, para automação comercial ou demonstração de produtos, por exemplo. Além disso, há muito espaço nas áreas médica, e educacional, entre outras."

A Samsung já produz no Brasil o tablet Galaxy e espera, em breve, se beneficiar as isenções tributárias anunciadas recentemente pelo governo federal. Yoshida diz que ainda não é possível calcular qual será a diferença de preços para o consumidor final, mas garante que toda a diferença no preço será repassado para os clientes.

*A repórter viajou a convite da Samsung.

Leia mais sobre o Samsung Série 9 no caderno de Tecnologia da próxima segunda-feira.