O presidente do banco Santander, Emilio Botín, espera ter a aquisição do ABN Amro acertada em 20 dias. Se o negócio se confirmar, o Santander passará a ser o terceiro maior banco do Brasil em ativos, de acordo com os balanços das instituições.
O Ministério das Finanças da Holanda aprovou nesta segunda-feira os termos da proposta do consórcio do qual faz parte o banco espanhol. Autorização semelhante já havia sido dada ao inglês Barclays, que também disputa o banco holandês.
"Esse é um passo importante para a conclusão da oferta dos bancos pelo ABN Amro", afirmou em nota o consórcio liderado pelo Royal Bank of Scotland, e do qual fazem parte o Santander e o Fortis .
A oferta do consórcio é de 70,1 bilhões de euros, a maior parte em dinheiro. A proposta concorrente soma 57,4 bilhões de euros, parte em ações, parte em dinheiro.
Em Madri, Botín afirmou que espera ver o negócio fechado em 5 de outubro. "Continuamos avançando, estamos bem adiantados, mas não há nada definitivo", declarou a jornalistas.
No domingo, o presidente-executivo do ABN afirmou à televisão holandesa que o consórcio de bancos provavelmente sairá vitorioso na disputa pela instituição por causa do valor oferecido.
A proposta do Barclays é constituída 58 por cento em ações. Como os papéis já perderam 18 por cento em função da turbulência nos mercados globais, a oferta desvalorizou-se em cerca de 6,5 bilhões de euros nos últimos dois meses.
Por outro lado, embora a oferta do trio de bancos seja basicamente em dinheiro, uma parte tem ainda que ser levantada no mercado. O que está sendo mais observado é uma captação de 13 bilhões de euros pelo Fortis em função dos custos mais elevados decorrentes do aperto do crédito.
Os acionistas do ABN discutirão as propostas nesta quinta-feira em uma reunião extraodinária.



