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Terceiro maior banco privado brasileiro, o Santander anunciou na quinta-feira (26) uma reestruturação de sua base de capital que dará R$ 6 bilhões aos acionistas, sendo o maior deles a matriz espanhola do banco, que detém 75% das ações.

De acordo com o banco, a mudança tem por objetivo aumentar a rentabilidade e adequar o Santander, até então o banco com o maior caixa do país, a uma estrutura mais compatível com as das demais instituições financeiras brasileiras.

Desde a abertura de capital em 2009, quando o banco captou quase R$ 14 bilhões vendendo ações, o Santander brasileiro é criticado por não rentabilizar adequadamente esse capital fazendo, por exemplo, empréstimos e financiamentos com margens maiores de ganho.

Apesar de o maior beneficiado com a operação ser a matriz espanhola, o banco informou que todo o dinheiro recebido será reinvestido no Brasil.

A reorganização do capital não terá efeito societário, segundo o banco. Passará, basicamente, por uma substituição de parte de capital dos acionistas (chamado Tier 1) por capital complementar (Tier 1 e 2), incluindo dívida que será emitida. "Ao substituir um capital mais caro [ações] por um mais barato [capital complementar Tier I e capital Tier II], a operação melhorará a eficiência e a rentabilidade da estrutura de capital do banco, mantendo a mesma capacidade de crescimento do Santander no Brasil", informou o banco, em nota.

A operação permitirá remunerar os acionistas em R$ 6 bilhões, correspondente a R$ 1,58 por Unit ou R$ 0,015 por ação ordinária e preferencial. Nesse mesmo valor será realizada uma emissão de dívida, com exclusividade de compra para os acionistas do banco.

A matriz espanhola se comprometeu a garantir a compra do total da emissão. Isso significa que, se parte dos acionistas não exercer essa preferência, o banco ampliará seu investimento por meio de compra de parcela maior dessa dívida.

"Após essa otimização, a composição da estrutura de capital estará mais alinhada aos demais "peers do mercado'", afirmou o banco.

Segundo o banco, o índice de Basileia (indicador de solvência) permanecerá no mesmo patamar atual (21,5%), ainda o maior entre os grandes bancos de varejo no país.

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