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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, é provavelmente o maior exemplo dos efeitos multiplicadores dos investimentos industriais. Os novos projetos – capitaneados pela instalação das fábricas da Renault e da Volkswagen no final da década de 1990 – literalmente mudaram a "cara" do município, hoje com 270 mil habitantes.

De 1996 até 2006, a receita total de São José dos Pinhais passou de R$ 54 milhões para R$ 270 milhões. O comércio ganhou mil novos estabelecimentos, passando de 3,3 mil para 4,3 mil. O setor de serviços, mais que dobrou de tamanho: 2,2 mil para 4,7 mil empresas.

Segundo Milton Talamini Cardoso, secretário municipal de finanças, a receita do Imposto sobre Serviços (ISS) mais que quintuplicou, de R$ 5 milhões para R$ 27 milhões, e os repasses do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) passaram de R$ 14,8 milhões para R$ 117 milhões.

Alguns projetos fora do setor de automóveis se consolidaram nos últimos anos, como o da alemã Schattdecor, fabricante de papéis decorativos para a indústria de painéis de madeira, que investiu R$ 60 milhões na cidade, e da italiana Montana, que montou uma fábrica de tratores.

Até o final de 2008, a cidade ganhará o primeiro shopping center, um investimento de R$ 60 milhões da Soifer Participações, o mesmo grupo que lançou o Mueller em Curitiba. O empreendimento – que deve aproveitar um potencial de consumo de até R$ 1,4 bilhão na região – vai gerar 2 mil empregos e contar com 150 lojas.

"O município cresceu e continua a oferecer muitas oportunidades", diz Valdecir Ribeiro, dono da Ribeiro Imóveis Ltda. O empresário, que montou sua imobiliária com a mulher Shirley em 1997, diz que "cresceu com a cidade".

"Tínhamos pensado em várias alternativas para montar o negócio e achamos que uma imobiliária era uma boa opção para o momento que a cidade estava vivendo", recorda. A idéia era alugar residências para o pessoal que estava se instalando na cidade para trabalhar nas montadoras.

A estratégia deu certo. Hoje a empresa tem 25 funcionários, cresce 10% ao ano, está ampliando o número de serviços prestados – com o ingresso no ramo de seguros – e prepara-se para duplicar a área da sede administrativa, que fica no centro da cidade, de 500 para mil metros quadrados.

Mesmo superada a euforia dos primeiros anos da instalação das montadoras, os investimentos continuam a aparecer. "Há vários projetos em andamento nos mais diversos setores, que estão impulsionando a construção de condomínios industriais e residenciais", diz Ribeiro.

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