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Nicolas Sarkozy, presidente da França | Alain Jocard/AFP
Nicolas Sarkozy, presidente da França| Foto: Alain Jocard/AFP
  • François Hollande, socialista que é o principal oponente do atual presidente nas próximas eleições

Em sua primeira reação pública ao rebaixamento do rating de crédito da França, o presidente Nicolas Sarkozy prometeu ontem fazer mais reformas para tirar o país da crise. Ele afirmou que fará um discurso à nação no fim do mês e falará aos franceses sobre "as decisões importantes que devem ser feitas sem demora". O rebaixamento de sexta-feira tirou o rating AAA que a França mantinha desde 1975.

"A crise pode ser superada desde que tenhamos a vontade coletiva e a coragem para reformar o nosso país", disse o presidente francês. "Nós devemos resistir, devemos lutar, devemos mostrar coragem, devemos permanecer calmos", afirmou.

Sarkozy deve se reunir na quarta-feira com sindicatos e empregadores para tentar tornar o mercado de trabalho da França mais flexível e combater o desemprego antes das eleições presidenciais neste ano.

Principal oponente de Sarkozy na disputa presidencial, o socialista François Hollande observou que o atual presidente tinha apostado a sua reputação em manter o rating de crédito do país valorizado. Mas agora, segundo Hollande, está claro que ele falhou.

Sem drama

No sábado, o primeiro-ministro da França, François Fillon, afirmou que o rebaixamento era uma notícia "esperada" e que não deve ser "dramatizada" ou mesmo "subestimada". "As medidas orçamentárias que adotamos são suficientes", garantiu, a 100 dias das próximas eleições presidenciais, o chefe do Executivo francês. Apesar da confiança, ele não descartou novos ajustes se "necessário", uma vez exista "melhor visibilidade" sobre o crescimento econômico.

Fillon se referiu à possibilidade de aplicar decisões "fortes" e, concretamente, de assumir "reformas estruturais" como reduzir o custo do trabalho para relançar o crescimento econômico, a partir da cúpula social que será realizada na França na próxima quarta-feira. "As agências de medição de risco não determinarão nossas políticas nem nossa agenda", declarou Fillon, quem ressaltou que seu governo nunca escondeu "a gravidade da crise aos franceses".

Austeridade

Em linha com o que afirmou Fillon, ministro das Finanças da França, François Baron, disse que o país não precisa adotar novas medidas de austeridade após perder sua classificação de risco. "Estamos confiantes de que as medidas já tomadas serão suficientes para atingir as metas para a redução do déficit público em 2012", disse o ministro François Baroin ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung. "Assim, não haverá novas medidas para a consolidação orçamentária."

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