230 milhões de euros
Foi o faturamento da Schär em 2013. A empresa não divulga dados regionais, apenas a meta de crescimento, que é de 40% em 2015 no Brasil. A unidade de Curitiba tem 25 funcionários diretos e indiretos e cuida da distribuição dos produtos da marca no Brasil.
A Schär, uma empresa italiana especializada em alimentos sem glúten, escolheu Curitiba como a sede de sua filial no Brasil. A entrada no território brasileiro ocorreu com a compra da operação da Mentor Foods, empresa aberta em 2012 e que era representante da Schär no Brasil.
A marca, voltada principalmente para pessoas com intolerância a glúten, expandiu rapidamente a presença no país. No fim de 2012, atendia 200 clientes no Sul e no Nordeste. Hoje, tem mais de 1,3 mil clientes e coloca sua linha com 27 produtos em aproximadamente 2 mil pontos de venda, em todos os estados. Além de pães e biscoitos sem glúten, são oferecidos no país alguns itens sem lactose nem ovos.
"Com o crescimento, a matriz na Itália passou a ver o Brasil como um mercado estratégico", conta Fernando Menezes, diretor geral da filial brasileira. Ele observa que o nicho de alimentos voltados a pessoas com intolerâncias alimentares ainda está amadurecendo no país, mas já é maior do que o mercado de produtos orgânicos segundo dados da Euromonitor, em 2017 o filão de intolerâncias alimentares deve chegar a R$ 451 milhões. "Mas o potencial é maior. O país ainda precisa avançar no diagnóstico das intolerâncias", diz.
Cerca de 1% da população brasileira tem doença celíaca, que exige retirar da dieta alimentar o glúten, proteína encontrada em cereais como o trigo. Outros 15% têm algum nível de intolerância e poderiam ganhar qualidade de vida reduzindo o consumo de glúten.
O plano da empresa para 2015 é continuar a expansão da rede de clientes já está fechada, por exemplo, uma parceria com o Pão de Açúcar que agregará 192 pontos de venda à marca e aumentar o número de produtos oferecidos. Na Europa, a Schär tem 125 itens em seu portfólio e a unidade brasileira vai pesquisar quais deles se adaptam melhor ao paladar do consumidor local.
Hoje todos os produtos da Schär são importados de alguma das sete fábricas da empresa na Europa. Por ora, não há planos de se construir uma unidade no país. "É verdade que depender 100% da importação é desconfortável por causa do câmbio", avalia Menezes. "Mas ainda precisamos de volume para justificar a produção local." Foi o que ocorreu nos Estados Unidos, onde a Schär construiu recentemente uma fábrica com um investimento de 10 milhões de euros.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Meta fiscal mais frouxa do governo Lula piora expectativas e mercado joga juros para cima
Rebaixamento da meta aumenta desconfiança sobre as contas do governo Lula
Incertezas do Brasil fazem exportador deixar dólar no exterior e elevam pressão sobre câmbio
FMI amplia projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025
Deixe sua opinião