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Imbróglio

Edital já foi suspenso duas vezes

O edital de eleição da Fiep foi suspenso por duas vezes pela Justiça. Em dezembro, quando o primeiro edital foi publicado, a 6ª Vara do Trabalho de Curitiba suspendeu a convocação a pedido do Sindicato da Indústria da Produção de Álcool do Estado do Paraná, que discordava da antecedência da chamada. Na decisão, o juiz considerou que a publicação do edital impedia que o sindicato em questão participasse do pleito. O estatuto da Fiep proíbe que sindicatos registrados há menos de seis meses participem da eleição, tanto como votantes ou no registro de chapa.

Em fevereiro, pela segunda vez, a 6ª Vara do Trabalho de Curitiba suspendeu o novo edital com a convocação para o registro das chapas candidatas à eleição da Fiep, marcada para o dia 8 de agosto, também a pedido do presidente do Sindicato da Indústria da Produção de Álcool do Estado do Paraná, Miguel Rubens Tranin. A entidade recorreu da decisão e o Tribunal do Trabalho do Paraná (TRT) concedeu um mandado de segurança que anulava a liminar da 6ª Vara. Apesar da vitória, a Fiep não chegou a usar o benefício. Um novo edital foi publicado hoje marcando a eleição para o dia 3 de agosto. (CGF)

O secretário de Estado de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, avalia a possibilidade de ser candidato na eleição para a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), marcada para o dia 3 de agosto. Caso a candidatura seja viabilizada, Barros pediria licença do cargo ocupado na administração estadual e também da presidência do Partido Progressista (PP) no Paraná. A decisão de concorrer ao pleito depende dos outros possíveis candidatos, já que Barros é a favor de um consenso entre as chapas da situação, liderada por Edson Campagnolo, e da oposição, que tem Carlos Walter à frente.

"Eu insisto na solução do consenso e continuo trabalhando pela chapa única. Mas, não havendo, vou consultar os companheiros que me apoiam e me apresentar como candidato", afirma Barros. Nos últimos meses, o secretário tem trabalhado pela unificação da disputa, mas sem sucesso. Uma reunião com os outros virtuais candidatos chegou a ser marcada para ontem, diz o secretário, mas ambos não compareceram por questão de agenda. Segundo Barros, a divisão das forças traria resultados ruins para a Fiep. "Ambos os candidatos têm valor. Mas, com qualquer um que vença, a federação perderia gente boa", explica.

O edital que será publicado hoje confirma a eleição para o dia 3 de agosto. As chapas interessadas têm o prazo de dez dias, a partir de hoje, para efetivar a inscrição na secretaria da federação.

"Bate-chapa"

Se depender da motivação dos outros dois virtuais concorrentes, a candidatura de Ricardo Barros vai se concretizar. De acordo com o presidente da entidade, Rodrigo Rocha Loures, a chapa da situação será encabeçada pelo empresário e atual vice-presidente da Fiep, Edson Campagnolo. "Com toda a certeza teremos uma chapa. A situação sempre tem de ter uma chapa para dar continuidade ao trabalho iniciado há oito anos", afirma Loures, que faria parte do grupo como delegado.

Além de Campagnolo, o empresário Carlos Walter, representante do Sindimetal de Maringá, também confirma a sua participação no pleito. "Nós estamos preparados e com a documentação em ordem", diz. Ainda de acordo com ele, que chegou a ir até a sede da Fiep inscrever a chapa antes de o edital passado ser suspenso pela Justiça (leia mais nesta página), sua candidatura se justifica em razão da necessidade de mudar a atual administração da entidade. "Existem muitos direcionamentos de ações e investimentos com as quais não concordamos", argumenta.

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