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O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informou hoje que a tendência é de que o resultado das contas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) em junho seja positivo. Ele sinalizou, no entanto, que o superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida pública) no mês não deverá ser robusto. "A tendência é que seja positivo, mas um número normal. Não se espera grandes emoções", afirmou o secretário.

Ao anunciar os dados de maio, que apresentou um déficit primário de R$ 509,7 milhões, o secretário classificou de neutro e de dentro das expectativas. Segundo explicou Augustin, com o aumento dos investimentos neste ano, houve uma mudança na dinâmica dos resultados. Segundo ele, a tendência é de alguns meses apresentarem resultados mais fortes que o outro em função dos investimentos.

O secretário destacou que esse aumento dos investimentos é forte e deverá continuar até o final do ano. Ele arriscou uma estimativa, que classificou de pessoal, para o aumento dos investimentos em 2010. Segundo ele, os investimentos devem fechar o ano entre 1,3% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ano passado, os investimentos pagos ficaram pouco acima de 1% do PIB. "Os investimentos estão ganhando ritmo como se esperava", disse.

Ele ponderou que esse aumento dos investimentos "não tem nenhuma relação" com o ano eleitoral. "É um processo que se iniciou em 2007", argumentou. Apesar do ritmo do crescimento dos investimentos até maio ter apresentado uma desaceleração, o secretário considerou o resultado até agora muito positivo e forte. Ele lembrou que os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 1,742 bilhão em maio, o que correspondeu a um aumento de R$ 360 milhões em relação aos gastos em abril.

Ele disse que o resultado de maio foi influenciado por uma receita bruta menor no valor de R$ 13,6 bilhões. Também, segundo o secretário, houve um aumento das transferências para Estados e municípios. Em maio, elas foram R$ 2,3 bilhões superiores ao repassado em abril. As despesas com pessoal e encargos foram R$ 440,9 milhões maiores.

Petrobras

O secretário do Tesouro explicou ainda que a capitalização da Petrobras não terá impacto fiscal se o valor for igual ao da cessão onerosa. O secretário destacou que esta é apenas uma explicação técnica, porque ele não pode antecipar como se dará essa capitalização. "Depende do valor da cessão onerosa e do valor da capitalização. Se forem iguais, não tem impacto no resultado primário. Se forem diferentes, terá impacto primário. Mais que isso não posso falar, porque haverá um fato relevante", disse o secretário.

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