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Sede da Peugeot/Citroën, Porto Real (RJ) tem o 2º maior PIB per capita | Antônio Scorza/AFP
Sede da Peugeot/Citroën, Porto Real (RJ) tem o 2º maior PIB per capita| Foto: Antônio Scorza/AFP
  • Grande produtor de soja, Sorriso (MT) é dono do maior PIB agropecuário
  • Apenas seis cidades concentram um quarto do PIB nacional. Confira no gráfico

Os seis municípios com as maiores participações no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, todos capitais, representam cerca de 25% da produção de bens e serviços do país. Os dados, referentes a 2008, foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na lista estão São Paulo, com 11,8% de participação naquele ano, Rio de Janeiro (5,1%); Brasília (3,9%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). Esse grupo abrigava uma fatia menor da população (13,5%), o que revela a concentração do PIB do país. Uma concentração que quase não mudou com o tempo: essas mesmas cidades respondiam por 25,1% do PIB nacional em 2004 e, quatro anos depois, por 24,9%.

Se a lista for ampliada para 51 cidades, chega-se à metade do PIB nacional. Na outra ponta, os 1.313 municípios com os menores PIBs (3,4% da população) respondiam por apenas 1% do total nacional. Os cinco municípios de menor PIB em 2008 eram Areia de Baraúnas (PB), São Luís do Piauí (PI), São Félix do Tocantins (TO), Santo Antônio dos Milagres (PI) e São Miguel da Baixa Grande (PI).

"Observamos que em toda a série da pesquisa, desde 1999, há uma enorme concentração, sem alterações significativas entre os municípios que têm as maiores participações no PIB. Mesmo entre aqueles que lideram a lista há grandes diferenças [na participação]", afirmou a coordenadora do levantamento, Sheila Zani.

Petróleo

Sede da segunda maior refinaria da Petrobras, a pequena São Francisco do Conde (BA) tinha o maior PIB per capita do país em 2008: R$ 288.371. A média nacional era de R$ 15.989. Outras duas cidades ligadas à indústria do petróleo – Triunfo (RS) e Quissamã (RJ) – integravam a lista das cinco maiores rendas per capita. Entre as capitais, Vitória tinha o mais alto PIB per capita: R$ 71.407. Em seguida, vinham Brasília (R$ 45.978), São Paulo (R$ 32.494), Porto Alegre (R$ 25.712) e Rio de Janeiro (R$ 25.122).

Setores

Apesar de perder participação em anos anteriores, São Paulo se mantinha, em 2008, como principal polo industrial do país, com peso de 8,7%, abaixo dos 9,9% de 2004. Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, que recebe royalties pela exploração de petróleo na Bacia de Campos, manteve o segundo lugar no ranking do PIB industrial, com 3,4% de participação no país.

Na agropecuária, Sorriso (MT), grande produtor de soja, tem o maior PIB da atividade, com participação de 0,5% no total nacional. No setor de serviços, apenas duas capitais – São Paulo e Rio de Janeiro – eram responsáveis por 25% das riquezas geradas.

Dependência

Dos 5.564 municípios brasileiros, 1.832 (32,9%) tinham mais que um terço de sua economia dependente da administração pública em 2008. Bem acima da média nacional – naquele ano, o peso da administração pública no PIB brasileiro era de 13,4%. Esse indicador vinha crescendo desde 2004, quando estava em 12,6%. Entre as capitais, Curitiba é a terceira menos dependente do setor público, que responde por apenas 7,1% do PIB municipal.

Em cinco municípios, a participação da administração pública em relação ao PIB local era superior a 70%, em 2008: Uiramutã (RR, com 78,7%), Poço Dantas (PB, 70,8%), Santo Antônio dos Milagres (PI, 70,8%), Santarém (PB, 70,3%) e Areia de Baraúnas (PB, com 70,5%) – este último, por sinal, é um dos cinco municípios mais pobres do país.

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