Sem acordo, bancários prometem cruzar os braços na sexta-feira

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Aproximadamente seis mil bancários de Curitiba e região metropolitana podem paralisar as atividades na sexta-feira (28). O Comando Nacional dos Bancários se reuniu nesta terça-feira (25) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) pela sexta vez, em São Paulo, na tentativa de chegar a um acordo de reajuste salarial. A reunião durou a tarde toda e a Fenaban não apresentou nova proposta de aumento, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região metropolitana. A resposta definitiva sobre a paralisação deve sair de uma assembléia da categoria que será realizada na quinta-feira (27). Apesar de ainda depender de uma discussão sobre a definição da greve, desde esta segunda-feira um caminhão de som circula pelas ruas centrais de Curitiba anunciando a paralisação para a próxima sexta-feira. O locutor pede à população para se preparar, antecipar pagamentos e retirar dinheiro.

O sindicato dos bancários afirma que não quer prejudicar a população, por isso a orientação é que as pessoas antecipem pagamentos ou qualquer movimentação que necessitarem fazer nas agências.

Proposta

A última proposta, apresentada pela Fenaban na sexta-feira (21), era de aumento de 4,82%. Os bancários recusaram a oferta, que seria referente apenas as perdas com a inflação. Eles reivindicam 10,3%, que inclui as perdas e 5,5% de aumento real. Eles querem, ainda, Participação em Lucro e Resultado de dois salários, mais parcela fixa de R$ 3.500.

Os bancários do Centro administrativo Kennedy do HSBC, na Vila Guaíra, cruzaram os braços por mais de três horas na terça-feira (25). Durante a assembléia realizada com os funcionários do HSBC, a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Marisa Stedile, afirmou que a categoria não quer apenas a reposição da inflação. "Nosso desafio agora é o aumento real e vamos batalhar por ele. Os bancos devem e podem pagar mais".

A Gazeta do Povo Online tentou contado com a Fenaban, mas não recebeu resposta.