Os funcionários da Volvo Caminhões farão uma assembleia geral na manhã desta terça-feira (15), a partir das 7h30, para discutir a possibilidade de paralisação. A decisão foi tomada após o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) ter estipulado o prazo desta segunda-feira (14) para a empresa se manifestar sobre as reinvindicações de reajustes no pacote de benefícios de 2012, o que, segundo o SMC, não aconteceu.
A Volvo informou que "ainda não há nenhuma decisão e as negociações continuam". A proposta da empresa é de repetir os mesmos valores do ano passado, que contemplava piso de R$ 15 mil na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e abono salarial de R$ 6 mil, além de 2,51% de aumento real, praticado em 2011.
A exigência dos trabalhadores, no entanto, inclui um mínimo de R$ 18 mil na PLR e a incorporação do abono no vale-mercado, que passaria dos atuais R$ 220 para cerca de R$ 800 mensais, totalizando cerca de R$ 10 mil em 12 meses. O sindicato também pede que a data-base seja discutida juntamente com a PLR o período oficial é setembro. A proposta da SMC é de que o aumento real do salário seja equiparado ao da Renault, de 3%, além da correção dos vencimentos pelo INPC.
Motivação
Um dos motivos que teriam levado os funcionários a cobrarem reajustes nos benefícios seria o desempenho apresentado pela montadora em 2011. Conforme o site do SMC, a revista da empresa sueca, chamada de Volvo Trucks Globetrotter, informou que o fornecimento de caminhões alcançou 115.345 unidades no mundo inteiro no ano passado. Isso significa um incremento de 53% comparado ao ano anterior.
Só no Brasil, ainda de acordo com o SMC, "a planilha da Volvo registrou um fornecimento de 20.806 caminhões, representado uma evolução de 29% em relação a 2010".
De acordo a Volvo, neste ano a produção deve ser menor, o que inviabilizaria os valores reivindicados pelos trabalhadores.
