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O seminário sobre o pré-sal realizado ontem em Curitiba lembrou o de dezembro de 2008, intitulado "Crise: Rumos e Verdades". Nas duas ocasiões, o governador Roberto Requião e seus convidados reunidos no Canal da Música puderam expor, sem contestação ou debate propriamente dito, e para um público amistoso, suas ideias sobre a participação do Estado na economia. Com a diferença de que ontem o tema era mais específico – a participação do Estado no setor de petróleo.

À exceção da questão dos royalties, na qual o governo federal está mais reticente, quase todas as abordagens apenas chancelaram o que já vem sendo feito por Lula e sua equipe em relação ao pré-sal. Até porque dois dos participantes eram ministros e um terceiro, o presidente da Petrobras.

Para Requião, a questão do pré-sal "é a possibilidade enorme de mobilização do Brasil, de união de todas as forças políticas, em torno de uma proposta nacionalista, do Brasil nação, que se opõe ao Brasil mercado". Desfiando êxitos da estatal brasileira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que "não há nenhuma petrolífera tão competente quanto a Petrobras" e que caberá a ela "exercer o papel transcendental" de explorar as novas reservas "em nome do povo brasileiro". "O petróleo é nosso. E desta vez será definitivamente nosso", disse ele, muito aplaudido.

Pouco depois, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, ressaltou que a companhia respeitará o direito dos acionistas minoritários em sua futura capitalização, abrindo a eles a possibilidade de também colocar mais recursos na estatal. Mas deixou claro que o interesse do governo é mesmo o de aumentar sua fatia na companhia, hoje em 33% do total. "Di­­ferente do que foi feito em 2000, o governo está propondo que a Petrobras aumente o capital, ofereça novas ações, de forma que o governo possa também crescer na Petrobras."

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