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Leitor de e-books da Asus: capacidade para ler arquivos pdf, txt, mp3 e e-pub | Divulgação/Cebit
Leitor de e-books da Asus: capacidade para ler arquivos pdf, txt, mp3 e e-pub| Foto: Divulgação/Cebit

Asus é exceção em meio a e-readers e tablets genéricos

Da Redação

Os genéricos tomaram conta da Cebit. Eles já estavam na CES, buscando representantes e parceiros, e tomaram conta também da feira de Hannover. São e-readers e tablets fabricados por empresas do Extremo Oriente, que tentam achar brechas no mercado para seus produtos. Quer um leitor de e-books Hanvon? Tem. Tablet PCs da Amplux? Também. Não tem problema que você nunca tenha ouvido falar desses fabricantes – afinal, a maior parte dos componentes das empresas de ponta são feitos por empresas como essas.

Claro, há também novidades legítimas e promissoras. A Asus apresentou o DR-900, um leitor de livros eletrônicos equipado com conexão à internet via wi-fi ou 3G, com tela de 9 polegadas. O aparelho é capaz de ler diferentes formatos de livros, incluindo pdf, txt, mp3 e o padrão aberto e-pub. Isso significa que o usuário pode ouvir audiolivros e música pelo aparelho. Segundo a empresa, o DR-900 é capaz de apresentar mais de 10 mil páginas (12 vezes o tamanho do catatau Anna Karenina, de Tolstoi) com uma única carga de bateria. Formatos de imagem, como jpg e bmp, também são suportados. Pena que as imagens não vão ter muita graça na tela monocromática do DR-900, capaz de apresentar 16 tons de cinza. A tela tem uma das melhores resoluções do mercado de e-readers, 1.024 x 768 pontos, mas a cor vai sempre fazer falta.

Competição é sempre vem vinda: o Kindle e o Sony e-reader, seu distante concorrente, precisam de alguém nos seus calcanhares para que os preços baixem e a qualidade se desenvolva. Mas quando é mesmo que um produto competitivo vai chegar ao mercado brasileiro?

  • Espectadores assistem à demonstração de tevê 3D: próximo passo da tecnologia é atingir conteúdos armazenados em telefones celulares
  • Pinball wizard - Não é a música do The Who, mas uma demonstrção feita na Cebit, pelo Instituto Fraunhofer para Arquitetura de Computadores e Tecnologia de Software. A instituição alemã, com sede em Berlim, mostrou uma interface que recebe sinais do cérebro, como em um eletroencefalograma, e os usa para controlar uma máquina de fliperama (pinball, em inglês). Os eletrodos, no entanto, não são colocados diretamente no couro cabeludo, mas numa espécie de capacete cheio de fios. As cobaias eram voluntários do Instituto, que passaram por treinamento para controlar a máquina

A Cebit, feira de tecnologia que ocorre em Hannover, na Ale­manha, tem fama de ser mais "experimental" do que a CES, que se realiza em Las Vegas, nos Estados Unidos, todo mês de janeiro. Isso faz com que as novidades apresentadas lá sejam menos espetaculares (menos luzes, menos brilho, menos show) do que aquelas mostradas nos EUA. Neste ano, o evento – que ocorreu na semana passada – confirmou algumas tendências já conhecidas e trouxe algumas boas notícias, sem aquele impacto que a CES gerou ao encher os salões com telas de tevê 3D.

Os televisores tridimensionais estavam lá, assim como os leitores de livros eletrônicos (uma profusão deles), os tablets e outros equipamentos. Mas eles já não eram assim tão chamativos – afinal, foi na Cebit do ano passado que os fabricantes deixaram claro que o cronograma de lançamento da tevê 3D era para já. As grandes novidades eram menos charmosas. É o caso as aplicações 3D voltadas para o setor comercial. Tirando proveito do surgimento de monitores 3D e da capacidade de os novos aparelhos de tevê se comunicarem também com a internet, criadores de software trabalham no desenvolvimento de software aplicado ao comércio virtual.

Programas desse gênero podem dar um gás em segmentos do varejo que nunca decolaram no e-commerce. Um exemplo é o das confecções, uma área em que ver apenas uma imagem 2D do produto não ajuda o consumidor a tomar decisão alguma. Com lojas virtuais em 3D isso pode mudar. Vai comprar um vestido? Você pode vê-lo em 3D, por todos os ângulos, no site da loja. O segmento imobiliário também devem tirar partido dessas inovações. Outra novidade é o esforço que pretende levar conteúdo 3D aos celulares.

Outro ponto pouco "fotografável", mas que registrou avanços foi o novo padrão USB 3.0. Em uma conferência, a entidade internacional de pesquisa nessa área anunciou que a lista de produtos compatíveis já chega a 50.

O padrão USB 3.0 (também co­­nhecido como SuperSpeed USB) deve chegar este ano ao consumidor final, e promete uma velocidade de transferência de dados dez ve­­zes maior do que as portas 2.0, com menor consumo de energia. Assim, um disco rígido externo equi­­pado com uma conexão 3.0 poderia comunicar-se com o computador de modo mais eficiente e sem "engasgos". A lista de equipamentos compatíveis inclui placas-mãe, notebooks, HDs internos e removíveis e outros componentes.

Mas a Cebit também teve, sim, seu lado espetáculo. O Google apro­­veitou para mostrar em Han­­nover os carros usados na captação imagens para o serviço Street View, com uma pintura especial para o evento. A iniciativa pretende familiarizar as pessoas com os tais carrinhos.

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Europa

Políticos abriram a feira

A premier da Alemanha, Agela Merkel, e o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodriguez Zapatero, fizeram a cerimônia de abertura da feira, na segunda-feira passada. A Espanha é o parceiro oficial da feira deste ano, e esteve presente com estande especial e 70 companhias expositoras. Dezoito empresas brasileiras também foram a Hannover, em busca de novos mercados. O tema do evento foi "Mundos Conectados", e explorou a integração de tecnologias e a computação em nuvem.

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