Após reunião com empresários ontem, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, voltou a defender a redução da jornada de trabalho e de salários para evitar demissões no país. Ele advertiu, no entanto, que um possível acordo não vai garantir estabilidade do emprego.
"Enquanto a redução de jornada com redução de salário estiver em curso, a nossa preocupação é manter o nível de emprego. Mas não estamos falando de estabilidade de emprego, que não está na lei do país nem na competitividade das empresas, disse.
"Foi feito um apelo que tudo seja feito, todas as alternativas sejam esgotadas antes de mexer no emprego. As empresas disseram que se tiver redução de jornada com redução de salário, vamos manter o nível de emprego. Se não, vamos demitir. Estamos em um momento atípico e temos de nos adaptar diante de um momento atípico", disse Skaf.
O vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, disse ontem ser contrário à adoção de mecanismos de preservação de empregos, como querem os sindicatos de trabalhadores. "Quem garante emprego é o mercado", declarou. Na segunda-feira, a GM demitiu 744 funcionários em São José dos Campos (SP).
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