O dólar fechou em queda frente ao real nesta segunda-feira, influenciado pelas apostas de investidores contra a moeda norte-americana, numa sessão fraca de indicadores econômicos e na expectativa pela decisão do Federal Reserve.
A divisa caiu 0,40 por cento, para 1,752 real na venda. No mês, a baixa acumulada é de 0,23 por cento, mas no ano o dólar registra alta de 0,52 por cento.
"Os bancos e os estrangeiros estão com amplas posições vendidas (nos mercados à vista e futuro, respectivamente), e isso vem atuando a favor da queda do dólar", disse o operador de câmbio Marcos Trabbold, da B&T Corretora de Câmbio.
De acordo com dados do Banco Central, os bancos encerraram julho com 10,003 bilhões de dólares em posiçõs vendidas no mercado à vista. Os não-residentes, por sua vez, mantinham na sexta-feira 6,324 bilhões de dólares em exposição vendida nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI), segundo números da BM&FBovespa.
"E também devemos considerar as operações de arbitragem. A grande diferença entre os juros praticados aqui e lá fora estimula mais entradas e, consequentemente, a baixa do dólar", acrescentou o operador.
Atualmente, o juro básico brasileiro está em 10,75 por cento ao ano, e o mercado espera mais uma elevação a 11,00 por cento na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no início de setembro, de acordo com o relatório Focus.
A taxa nos Estados Unidos está próxima de zero e a expectativa é de que o Fed a mantenha nesse patamar ao final da reunião de política monetária na terça-feira --que manteve os mercados globais em clima de expectativa .
Segundo o responsável pelo departamento de câmbio de uma corretora paulista, os investidores devem seguir atentos, embora com menos apreensão, a possíveis atuações do BC no mercado de câmbio futuro. "O BC fez uma pesquisa de demanda (por swap cambial reverso) e depois não falou mais nada. Isso contribuiu para algum alívio na expectativa por esse leilão e pode ajudar a levar a moeda para 1,70 (real)."
Para o profissional, o retorno do fluxo também pode favorecer novas baixas do dólar. A entrada de 3 bilhões de dólares no país na última semana de julho garantiu que o Brasil terminasse o mês passado com saldo líquido positivo de 712 milhões de dólares, segundo o BC.
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