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O consumidor ainda deve levar um tempo para sentir no bolso a redução de pre­­­­­­­ços de móveis e luminárias. Ao contrário de eletrodomésticos da linha branca (fogões, geladeiras e lavadoras de roupas), que tiveram repasse imediato de preços, no caso dos móveis – cuja desoneração de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi anunciada na segunda-feira pelo governo e já está em vigor – a alteração de preços ainda está sendo preparada. As alíquotas do IPI foram zeradas para móveis e laminados, passaram de 20% para 10% no caso de papéis de parede e de 15% para 5% para luminárias e lustres. O governo também manteve as isenções que já vinham sendo aplicadas à linha branca.

As grandes redes varejistas como Ricardo Eletro, Casas Bahia e Grupo Pão de Açucar ainda não divulgaram a revisão de preços. Já lojas de decoração estimam, em média, preços 5% menores. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel), durante o período de vigência da desoneração fiscal (nos próximos 90 dias), as vendas devem crescer entre 8% e 10%. A expectativa é chegar a um crescimento de 5% neste ano, superando a alta de 1,4% de 2011. O setor emprega 237 mil pessoas diretamente.

Para os fabricantes, a redução de impostos embute uma tentativa de recuperação do setor. Entidades explicam que a iniciativa do governo de desonerar produtos da linha branca em dezembro do ano passado acabou se tornando um problema para o setor moveleiro. "A desoneração da linha branca ajudou a puxar para baixo as vendas porque o consumidor decidia postergar a compra de móveis para aproveitar os eletrodomésticos mais baratos", afirma José Luiz Diaz Fernandez, da Abimóvel. "Ainda temos enfrentado um cenário difícil com a política econômica, juros altos e a crise que ainda abate", acrescenta.

Para João Paulo Pomper­mayer, presidente da Feira Móvel Sul 2012, o objetivo agora é recuperar o tempo perdido. "Há uma competição direta com a linha branca, mas agora as coisas se equilibraram", considera. Segundo pesquisa da Fecomércio-RJ, na preferência das famílias o sofá é o móvel mais desejado, ao lado de celulares. O guarda-roupas vem depois, com 5,8% da intenção de compras das famílias, seguido pelas camas, com 5,4%.

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