Semana promete mais estresse no mercado financeiro

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O dólar teve alta de 1,38%, para R$ 2,274, acompanhando o risco Brasil, que no final da tarde subia 0,74%, aos 269 pontos. Já Bovespa voltou a cair ontem, depois de duas sessões de forte alta, na quinta e na sexta-feira. A Bolsa recuou 1,25%, para 38.145 pontos, com giro de R$ 935 milhões – um terço da média de volume negociado diariamente em maio. A baixa liquidez, um dos motivos para a queda, deveu-se ao feriado do Memorial Day – homenagem aos militares norte-americanos mortos em combate – nos Estados Unidos, que fechou o mercado acionário. "Quando os mercados não funcionam nos Estados Unidos, o resto do mundo fica parado. A semana vai começar mesmo é amanhã (hoje)", avaliou o economista Luiz Carlos Costa Rego, da Costa Rego & Associados Consultoria. Sem a referência de Wall Street, os investidores preferiram adotar a cautela ontem.

Para a semana que "começa hoje", sobram motivos para que a turbulência observada na semana passada continue a chacoalhar o mercado. As atenções estão concentradas em importantes eventos econômicos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. "O que não falta é motivo para o mercado se estressar esta semana", afirma o economista.

Hoje e na quarta-feira haverá reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que vai decidir os rumos da taxa de juros Selic, atualmente em 15,75% ao ano. Ainda no cenário nacional, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) será conhecido na manhã de quarta-feira.

No cenário internacional, o banco central dos EUA (Fed) vai divulgar também amanhã a ata da última reunião do seu comitê de política monetária (Fomc). O documento trará informações sobre os motivos que levaram o Fomc a elevar a taxa básica americana no último dia 10, de 4,75% para 5% anuais – a elevação foi um dos motivos para a turbulência no mercado financeiro nas últimas semanas. Além disso, o documento pode conter sinais sobre o futuro da política monetária no país.

Como são as incertezas em relação aos rumos dos juros nos EUA que têm agitado o mercado – e pressão inflacionária se combate com juros maiores –, os dados podem trazer desconforto aos investidores. Na sexta-feira também serão conhecidos os dados de maio sobre emprego nos EUA, que podem dar uma idéia de como anda o aquecimento da economia do país.