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Barack Obama fala sobre a vitória do projeto de lei da Casa Branca, apesar das “hordas de lobistas” | Jonathan Ernst/Reuters
Barack Obama fala sobre a vitória do projeto de lei da Casa Branca, apesar das “hordas de lobistas”| Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite de quinta-feira uma ampla reforma do sistema financeiro norte-americano, após meses de discussões sobre a implantação de regras mais rígidas sobre Wall Street. Segundo analistas, esta é a maior mudança nas regras de bancos e investimentos desde os anos 1930. Por 59 votos a 39, o Senado deu uma vitória ao presidente norte-americano, Barack Obama, que lutava por uma maior regulamentação do mercado de capitais desde a sua posse, que ocorreu meses depois do estouro da crise mundial. A lei do Senado precisa agora ser combinada com a proposta aprovada em dezembro pela Câmara dos Deputados. Só então o pacote final pode ir à sanção de Obama, algo que analistas dizem que pode acontecer no mês que vem. As mudanças propostas – feitas por parlamentares ávidos por endurecer com Wall Street antes das eleições ao Congresso em novembro – ameaçam restringir a indústria bancária e reduzir seus lucros nos próximos anos.

Obama disse que a versão final responsabilizará as empresas financeiras, mas não sufocará o livre mercado. "No ano passado, a indústria financeira tentou repetidamente interromper essa reforma com hordas de lobistas e milhões de dólares em propaganda, e, quando eles não puderam matá-la, tentaram amenizá-la. Hoje, acho que é justo dizer que esses esforços falharam", disse Obama. "Nós ainda temos algum trabalho a fazer", acrescentou. "A Câmara e o Senado terão de resolver as diferenças entre os dois projetos de lei. E não há dúvida de que, durante esse tempo, a indústria financeira e seus lobistas continuarão lutando." Na votação do Senado, quatro republicanos se alinharam aos democratas na aprovação, enquanto dois democratas votaram contra a lei – por achá-la muito tímida.

Atrasos

O senador Christopher Dodd espera que o Senado seja capaz de votar o pacote final das duas Casas até 4 de julho. Os republicanos se esforçaram para atrasar e amenizar a lei ao longo de meses de negociações a portas fechadas e debates abertos, argumentando que ela trata de uma intervenção do governo no setor privado. Manobras de último minuto no Senado eliminaram duas emendas controversas: uma que reforçava as restrições propostas a operações bancárias arriscadas, e outra que isentava de regulação vendedores de carros que não financiassem o próprio empréstimo.

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